Treinador explica porque deixou o Brasil e prefere trabalhar no exterior: “Aqui sou respeitado e valorizado”

A Aventura de um Treinador Brasileiro no Exterior: "Aqui sou Respeitado e Valorizado"

O mundo do futebol é um constante redemoinho de mudanças e oportunidades. Em meio a esta paisagem sempre em evolução, a figura do treinador é fundamental. Este artigo apresenta a história de um treinador brasileiro que optou por desenvolver sua carreira no exterior e encontrou o respeito e o valor que procurava.

O Início da Jornada: De Jogador a Treinador

Cleibson Ferreira, um ex-meia de 51 anos, iniciou sua carreira futebolística nas categorias de base do Sport, passando por clubes como Central e Brusque-SC. Ele também atuou no futebol boliviano por Bolívar, Real Potosí, Guabirá e Nacional Potosí. A experiência como atleta abriu as portas para Cleibson como treinador no país sul-americano.

“A minha experiência como atleta foi fundamental para iniciar minha carreira como treinador”, recorda Cleibson.

A Transição para o Treinamento

Antes de se aventurar no futebol boliviano, Cleibson teve passagens por mais de 20 times no Brasil. Ele começou sua carreira fora dos gramados no Santa Cruz, como auxiliar técnico de Maurício Simões, em 2006. Em seguida, trabalhou na categoria de base e foi assistente técnico do profissional no Náutico. Em 2010, teve sua primeira experiência como treinador principal pelo Galícia-BA.

Oportunidade de emprego em todo o país

A Mudança para a Bolívia

Cleibson decidiu mudar sua rota de carreira e aceitar uma proposta do Destroyers, um clube da primeira divisão da Bolívia, em 2018. A instabilidade e a alta rotatividade nos clubes brasileiros foram fatores que influenciaram sua decisão de buscar novos horizontes.

“A possibilidade de disputar uma primeira divisão nacional e competições internacionais era algo muito importante”, relembra o treinador.

A Adaptação ao Futebol Boliviano

No início, Cleibson conta que a adaptação foi desafiadora. No entanto, ele conseguiu superar esses desafios e, já no primeiro ano, ficou bem próximo de garantir classificação para a Copa Sul-Americana de 2019.

“O futebol na Bolívia tem muita qualidade, mas peca na formação. Vejo um preço muito alto sendo pago nos últimos anos por essa falta de formação”, avalia Cleibson.

A Ascensão como Treinador na Bolívia

Além do Destroyers, Cleibson também treinou clubes como Mojocoya FC, Real Mamoré e Stormers San Lorenzo. Em 2021, ele assumiu o comando do Real Potosí, um dos times mais tradicionais do país.

Com o Real Potosí, Cleibson chegou às quartas de final da Copa Simón Bolivar e conquistou o título do estado de Potosí no início de dezembro. Ele acredita que sua experiência no futebol brasileiro e sua abordagem de treinamento contribuíram para o sucesso que tem tido na Bolívia.

O Futuro de Cleibson

Cleibson afirma que se sente respeitado e valorizado como profissional na Bolívia. Ele recebeu propostas para treinar em outros países, como Equador, Paraguai e Peru, mas optou por permanecer na Bolívia devido ao projeto que está desenvolvendo.

“Aqui sou respeitado e valorizado como profissional. Isso me deixa confortável”, afirma Cleibson.

A história de Cleibson Ferreira é um exemplo inspirador de coragem e determinação. Ele demonstra que, às vezes, é preciso sair da zona de conforto e explorar novos horizontes para encontrar a satisfação e o reconhecimento profissional que se busca.

Embora ele não descarte a possibilidade de voltar a treinar no Brasil, Cleibson parece ter encontrado o ambiente ideal para desenvolver seu trabalho na Bolívia. Ele é um exemplo notável de um treinador brasileiro que encontrou sucesso além das fronteiras do Brasil, mostrando que o futebol é, de fato, um esporte sem barreiras.

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