Rio Grande do Sul: Dunga denuncia dificuldades para entrega de doações

O ex-jogador e da Seleção Brasileira fala sobre impedimentos nas doações para vitimas das enchentes

O Rio Grande do Sul passa pela maior enchente de sua história, com centenas de pessoas feridas e desabrigadas. A exemplo de muitos outros jogadores e ex-jogadores, Dunga tem sido ativo na ajuda para as vítimas das cheias. No entanto, durante entrevista, o treinador criticou os obstáculos para chegada de doações

Dunga faz duras críticas

Durante participação em uma live no perfil do Instagram do Thiago Rocha, o ex-jogador do Internacional falou sobre as barreiras que encontrou para enviar doações para as pessoas assoladas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

“Tem igrejas que querem ser abertas. As pessoas não deixam. Querem doar comida. A brigada não deixa doar comida, porque tem de ter nutricionista, tem de saber de onde veio essa comida. As pessoas não têm comida. Não têm nada. Aqueles que têm salário, recebem no final do mês, têm um emprego e deveriam facilitar, ou pelo menos ajudar as pessoas a ter uma vida melhor, são as que mais dificultam as pessoas”, iniciou.

O treinador seguiu e relatou uma situação onde foi testemunha ocular de uma proibição.

“Foi numa igreja, em Belém Velho, tinha de ter autorização para abrir a igreja e receber as pessoas. Só quem estava cadastrado podia receber e aí as pessoas chegaram com colchão, com roupa, com comida e aí foram proibidas de doar comida, porque teria de ser através da prefeitura e teria de ter uma nutricionista para dizer da onde veio essa comida, quem é que fez, de que forma. Não é a primeira vez”, completou.

Situação do Rio Grande do Sul

A cidade de Porto Alegre registrou a maior cheia da história da cidade. O nível do Guaíba chegou a 5,27 metros na terça-feira (07), quatro metros acima do normal. Até o momento, além da capital, as chuvas afetaram 388 dos 497 municípios gaúchos.

Ao todo 155,7 mil pessoas tiveram de deixar suas casas e 48,1 mil delas estão em abrigos, segundo os dados do boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado na manhã desta terça-feira (7/5). O governo do Rio Grande do Sul ainda contabiliza cerca de 361 feridos e 132 desaparecidos.

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