Presidente do Inter cita emoção ao ver CT destruído

Local foi alagado pelas enchentes do Rio Grande do sul

A comoção que envolveu o Rio Grande do Sul após a tragédia climática que assolou o estado afetou profundamente Alessandro Barcellos.

O presidente do Internacional, habituado a discutir contratações, estatísticas e assuntos relacionados ao time, agora divide seu tempo entre os esforços para reconstruir o clube e o pesar diante da devastação causada pelas enchentes.

CT deu perda total

O dirigente concordou em permitir o acesso da RBS TV ao Centro de Treinamentos do Parque Gigante. Utilizando um barco, puderam observar as condições do complexo, que estava submerso pelas águas.

O clube aguarda a secagem do local para avaliar a extensão dos danos e verificar se há algo que possa ser recuperado antes de iniciar as obras de reconstrução.

O Internacional calcula um prejuízo de R$ 35 milhões para reconstruir as instalações do CT e do Beira-Rio, além de custos com hospedagem, deslocamento para jogos, entre outros.

O que merece destaque é a união entre Internacional, Grêmio e Juventude neste momento difícil. Na terça-feira (21), inclusive, foi anunciada essa parceria para auxiliar o estado na reconstrução. No entanto, isso não diminui o sofrimento causado pela tragédia.

“Precisamos estar conectados. As ações serão conjuntas, recuperando o nosso patrimônio e ajudando o Rio Grande a se reerguer. É um compromisso que temos de assumir, mas ao mesmo tempo, olhar o que tem ocorrido. É muito difícil não se emocionar e não imaginar o que precisamos. Juntar forças. Desculpa”, disse ele, chorando.

Sem tristezas

Mesmo mantendo o compromisso de auxiliar o Rio Grande do Sul, o presidente se esforça para não permitir que a tristeza afete a gestão do clube.

Barcellos liderou os esforços para fortalecer o elenco de Eduardo Coudet no início da temporada. O Internacional trouxe reforços como Fernando, Thiago Maia, Lucas Alario e Rafael Borré.

A esperança era quebrar a seca de títulos, que já dura oito anos, e recuperar o Brasileirão, que não é conquistado desde 1979.

No entanto, a inundação do Guaíba alterou um pouco essa perspectiva. Agora é hora de reunir os fragmentos para iniciar a reconstrução, enquanto o time se torna itinerante.

O afastamento

Com o Beira-Rio passando por reformas, a expectativa otimista é de que o afastamento dure pelo menos 60 dias. A ausência do fator local certamente terá influência no desempenho em campo. No entanto, esse impacto servirá como combustível para o trabalho a ser realizado.

“É a nossa segunda casa e de milhões de colorados. Todos estão preocupados. Juntaremos toda esta força que temos recebido para a recuperação. A união dos colorados nos fará dar a volta por cima”, disse o mandatário, que completou:

“Um ano importante, que investimos muito. Ainda temos a esperança de reerguer o estádio, nosso CT, que foi o mais danificado, sem desconectar da vida das pessoas. É assim que temos vivido.”

A recuperação

Barcellos procura energias para liderar a recuperação do Inter. Enquanto isso, os jogadores continuam sua rotina de treinos em um resort no interior de São Paulo. Coudet está empenhado em restabelecer os aspectos físicos, técnicos e táticos do grupo.

O primeiro desafio nesta nova fase está agendado para 28 de maio, terça-feira, quando o time enfrenta o Belgrano na Arena Barueri, pela Copa Sul-Americana.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.