Palmeiras acionará a JUSTIÇA após episódios no CHOQUE-REI

Diretor do São Paulo fala frases xenofóbicas contra Abel Ferreira, o Palmeiras vai à justiça

O Palmeiras está considerando tomar medidas legais contra Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, após ele ter proferido ofensas xenofóbicas contra Abel Ferreira, técnico do Verdão, durante uma discussão próxima ao vestiário da equipe de arbitragem após o empate por 1 a 1 no clássico do Morumbi no último domingo pelo Paulistão.

Xenofobia por parte do Tricolor

Palmeiras
Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Belmonte teria chamado Abel de “português de m…”, reforçando as críticas do presidente do São Paulo, Julio Casares, de que o treinador teria “apitado o jogo”. O Palmeiras considera as declarações de Belmonte como ataques xenofóbicos e define o caso como inaceitável.

Em comunicado oficial, o Palmeiras afirmou que está avaliando as medidas legais cabíveis diante do comportamento de Belmonte, que escolheu palavras baixas e preconceituosas para depreciar um profissional respeitado e vitorioso. O clube destacou a integridade e os feitos de Abel Ferreira, que reside no Brasil há mais de três anos, e condenou veementemente as ofensas proferidas pelo dirigente do São Paulo.

Violência contra o Fortaleza

O Palmeiras relembra recentes casos de violência no futebol brasileiro, como o ataque à delegação do Fortaleza, e salienta que a responsabilidade pela promoção de um ambiente saudável no esporte recai sobre aqueles que o comandam, não sobre sentimentos de ódio. O clube expressa sua preocupação com a escalada de violência e reitera a importância do compromisso com a responsabilidade e o respeito mútuo.

Criticas ao diretor

Além disso, o Palmeiras critica a postura do presidente do São Paulo, Julio Casares, que em uma entrevista raivosa na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira. O clube considera tal comportamento inadequado e incompatível com a posição de liderança ocupada por Casares. O Palmeiras destaca que o desequilíbrio e a histeria apenas contribuem para a potencialização da violência, algo que todos devem unir esforços para combater.

Os eventos ocorridos durante o jogo reforçam o afastamento entre as duas gestões, que até o ano passado mantinham uma relação próxima. No final do ano passado, essa relação sofreu seu primeiro abalo quando o Palmeiras contratou Caio Paulista, jogador do São Paulo na época. Além disso, o clássico do último domingo foi marcado por polêmicas, incluindo o veto do clube mandante ao uso da sala de imprensa pelo Palmeiras para a realização de entrevistas pós-jogo, o que resultou na ausência de declarações de Abel Ferreira à imprensa.

Veja na íntegra a nota oficial do Palmeiras:

A Sociedade Esportiva Palmeiras estuda as medidas legais cabíveis contra o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, flagrado xingando de forma xenófoba o técnico Abel Ferreira após o jogo de ontem, no Morumbis. Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos.

O Palestra Italia nasceu pelas mãos de imigrantes que resistiram à intolerância para que o clube não morresse. A nossa história foi construída com o amor e a dedicação de jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Repudiamos, portanto, qualquer tipo de discriminação, quanto mais ofensas que incitem a aversão a estrangeiros.

Não é segredo que o futebol brasileiro atravessa um momento perigoso, com casos cada vez mais frequentes de violência, como o brutal ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza, há menos de duas semanas, e a morte de um torcedor em Belo Horizonte (MG), no último sábado (2). Neste cenário complexo e desafiador, cabe a quem comanda o compromisso com a responsabilidade, não com o ódio.

Desse modo, lamentamos também a postura do presidente do São Paulo, Julio Casares, que, em um pronunciamento raivoso na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira. Trata-se de um comportamento inadequado e incompatível com quem ocupa um cargo de tamanha relevância. O desequilíbrio, a insensatez e a histeria somente potencializam a violência que todos, juntos, deveríamos combater.

Reiteramos que estamos analisando as medidas judiciais cabíveis para proteger o nosso treinador e o próprio Palmeiras.

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