Inter: Eduardo Coudet minimiza derrota para o Belgrano

Treinador ficou "ok" com resultado complicado na Sul-Americana

Apesar da falta de ritmo de jogo, o Inter estava controlando a partida contra o Belgrano. No entanto, duas falhas defensivas em um intervalo de apenas três minutos resultaram na derrota por 2 a 1, o que foi um golpe duro para Eduardo Coudet.

O técnico expressou confiança de que o time irá evoluir à medida que mais jogos forem disputados, mas reconhece que a equipe ainda está abalada pela tragédia que afeta o Rio Grande do Sul, o que pode ter impactado o desempenho mental dos jogadores durante a partida.

A derrota do Inter

O argentino compareceu à sala de entrevistas da Arena Barueri junto com Vitão para explicar o insucesso no retorno ao futebol. Coudet mencionou que o Inter, embora não tenha demonstrado problemas físicos, ainda precisa de tempo para recuperar o ajuste fino que exibia antes do recesso.

Apesar disso, a equipe dominava a partida e conseguiu abrir o placar com Rafael Borré. Estava a caminho de levar essa vantagem para o intervalo, quando acabou sofrendo dois gols de Chavarría aos 44 e 47 minutos, o que mudou o rumo do jogo de forma abrupta.

“Tentamos até o final. Fizemos tudo para buscar o empate, mas quando toma um gol é porque houve erro. Em dois chutes, 100% de efetividade. Não tivemos a sorte do rival. Temos de trabalhar e melhorar. O ritmo de jogo ainda não temos. Precisamos estar fino nos últimos metros. Acho que fizemos um primeiro tempo muito bom, à exceção destes minutos que custaram o jogo.”

“Temos uma mentalidade positiva, mas a cobrança não é a mesma. O lado técnico. Preciso ser mais compreensivo”, completou o treinador argentino.

Decepção?

Além da decepção com a derrota, a situação do estado afeta profundamente o técnico. Coudet compartilhou durante a entrevista sua preocupação com a situação do Rio Grande do Sul.

Ele revelou que, mesmo durante a intertemporada em Itu, ele e o grupo técnico, juntamente com a direção do Inter, acompanham de perto a situação do Guaíba, sendo tocados pelo drama que a região enfrenta.

Essa preocupação demonstra não apenas sua sensibilidade como líder, mas também a conexão emocional que ele e a equipe têm com a comunidade local.

“É muito complicado esquecer o que acontece em Porto Alegre, a cada dia com o clima. Ontem tinha alerta de ciclone. O castigo é demasiado. Olhamos quanto mede o rio. Não é desculpa, mas é a situação que estamos vivendo. Sabemos que melhoraremos com os jogos, mas é diferente. Não é o nosso campo, nossa cidade.”

“O mais difícil é a situação do povo que perdeu tudo. Falamos de futebol, o que teremos de fazer, mas não estamos alheios às dificuldades das pessoas”, completou Coudet.

Retomada de resultados

Entre a batalha para permanecer vivo na Sul-Americana e o luto pela tragédia, Coudet busca unir o grupo e contribuir para a recuperação.

Com o resultado, o Inter acumula cinco pontos e ocupa a terceira posição no Grupo C. Na próxima rodada, a equipe enfrentará o Real Tomayapo, em jogo marcado para 4 de junho em Tarija, na Bolívia.

Três dias depois, os gaúchos enfrentarão o Cuiabá pelo Brasileirão, em confronto agendado para as 18h30 (horário de Brasília), na Arena Pantanal.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.