Nesta quinta-feira (4), faleceu Manuela Ladislau, mãe do lendário ex-jogador de futebol Romário, aos 86 anos. Conhecida carinhosamente como Dona Lita, ela ficou marcada por quebrar garrafas em celebração aos gols de seu filho durante a Copa do Mundo de 1994.
Romário, que além de ex-atacante é presidente do America, prestou homenagens à sua mãe nas redes sociais, expressando seu pesar pela perda.
Dona Lita sempre ao lado do filho
Dona Lita era uma presença constante na vida profissional de Romário, acompanhando de perto sua jornada tanto nos clubes quanto na seleção brasileira. Sua maneira única de comemorar os gols do filho, quebrando garrafas, tornou-se uma marca registrada durante o histórico título da Copa do Mundo de 1994, no qual Romário foi peça-chave para a conquista do tetra. O ex-jogador também relembrou esse momento especial em suas redes sociais.
Dona Lita, mãe do lendário Romário, deixou sua marca em momentos cruciais da carreira do filho. Durante a Copa de 2002, ela criticou o técnico Felipão, chamando-o de “cabeça dura” por não valorizar os goleadores.
Ela também esteve presente em ocasiões memoráveis, como quando Romário marcou seu milésimo gol em 2007. Na emocionante partida, ela entregou ao filho a camisa comemorativa preparada pelo Vasco. Antes disso, já demonstrava orgulho pelo sucesso do jogador, afirmando que, para ela, ele já havia superado a marca mil.
Sequestro do Pai do craque
A segurança da família foi uma preocupação constante após o pai de Romário ser sequestrado em 1994. Dona Lita, apesar de inicialmente resistente, aceitou reforçar a proteção, embora preferisse passar os fins de semana em seu bairro de origem, o Jacarezinho, onde se sentia mais segura, mesmo diante do alto índice de ocorrências policiais.
Quando Romário pensou em pendurar as chuteiras, foi sua mãe quem o incentivou a continuar. Após deixar o Fluminense em 2004 e cogitar a aposentadoria, Dona Lita o convenceu do contrário, destacando sua habilidade única na área. “O Romário é garantia de gol, basta a bola chegar nele”, brincou na época. E ela estava certa, Romário não parou.
A despedida oficial veio em 2008, aos 42 anos. Ele ainda fez uma última partida pelo América-RJ, clube que atualmente preside, realizando o sonho de seu pai, que não pôde vê-lo vestir a camisa americana. O clube decretou três dias de luto pela morte de Dona Lita, uma figura querida e influente para todos.
Veja o anúncio do Romário nas redes sociais:
“Com infinita tristeza e já com uma saudade imensa, me despeço fisicamente do meu grande amor, a minha rainha, a mulher que me deu a vida e me guiou pelo caminho da honestidade. Minha amada mãe foi ao encontro de Papai do Céu. A dor que sentimos neste momento é inexplicável, mas ficamos com a certeza de que o amor que Dona Lita nos deu é o que temos de mais valioso.
Todos que me acompanham, conhecem a minha mãe porque ela sempre esteve comigo. Era ela que se emocionava, me emocionava e emocionava o Brasil quebrando garrafas a cada gol meu na Copa de 94. Hoje, perdi a minha mãe, mas também perdi a minha melhor amiga, a minha torcedora mais empolgada e a minha professora de vida.
Mãe, você viverá para sempre em nossos corações. Obrigado por tudo!!! Descanse em paz ao lado do Senhor e abrace o meu pai por nós. Te amo eternamente!
Peço forças a Papai do Céu para passar por esse momento tão difícil ao lado da minha família.”
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