Palmeiras não pensa em TROCAR GRAMADO do Allianz Parque; entenda a complexidade que seria esta modificação

Abel Ferreira fez duras críticas sobre o gramado do Allianz Parque

Logo após a vitória por 1 a 0 do Palmeiras sobre o Fluminense, no Allianz Parque, no último domingo (3), o técnico Abel Ferreira fez duras críticas ao estado atual do gramado sintético do estádio. O treinador português afirmou que seria necessário trocá-lo “urgentemente” para 2024.

De acordo com a ESPN, no entanto, o desejo do português não será atendido. A princípio, o Palmeiras não tem planos de trocar a grama do estádio para o próximo ano.

Reuniões

Nos últimos dias, o clube paulista, juntamente com a Real Arenas, empresa responsável pelo campo, e a Soccer Grass, fornecedora da grama ao estádio, têm realizado reuniões para buscar uma solução para o estado do gramado após a sequência de shows e partidas neste segundo semestre de 2023.

Ao mesmo tempo, o Palmeiras reconhece que Abel Ferreira tem razão em suas reclamações, mas avalia que o gramado do Allianz Parque não está em suas melhores condições por conta do excesso de eventos realizados no local. O clube entende que isso tem impactado diretamente no trabalho de manutenção.

Apesar do gramado artificial ser menos afetado do que a grama natural, isso não implica que não sofrerá impactos. Especificamente em relação à partida contra o Fluminense, o Allianz Parque sediou um evento na noite do sábado (2), o que impossibilitou uma recuperação ideal do gramado para o jogo diante o time carioca.

Com o término da temporada 2023 e a redução de eventos neste final de ano, será estabelecida uma cooperação entre as partes para que o gramado passe por um intenso trabalho de manutenção para o início de 2024. No entanto, o piso não será trocado, uma vez que os envolvidos não veem necessidade de realizar essa alteração.

O que disse Abel Ferreira?

O treinador português questionou a qualidade do gramado do Allianz Parque. Mesmo sem solicitar a substituição do sintético pelo natural, Abel Ferreira falou sobre a diferença do material atual em comparação ao de três anos atrás. Vale ressaltar que o local é frequentemente utilizado para eventos.

“Gosto deste estádio… Dizem que sou chato, já digo que este gramado tem que ser trocado urgentemente. Não quero saber quem vai pagar. Este gramado não está em condições de jogar futebol. Este gramado é um risco por lesões. No lugar do Diniz teria feito o mesmo”, comentou Abel Ferreira.

“Espero que no próximo ano se troque o gramado. Que coloquem o de quando eu cheguei. Mas, por trás de uma crítica há um elogio. Agradeço a todos pela forma como encontraram uma solução para jogarmos na nossa casa. Aqui é o nosso chiqueiro, é aqui que precisamos jogar. Só me sinto em casa aqui. Em outros lados estou atuando fora”, completou.

“O Cícero (gerente de futebol) sabe o quão exigente eu sou. Se vocês querem melhorar o futebol brasileiro, urge o tempo de descanso de no mínimo de três dias e a qualidade dos gramados, independentemente se for sintético. Esse gramado top é bom. O Palmeiras não consegue meter aqui um campo natural por conta dos eventos. É uma receita, eu entendo, entendo dos negócios”, disse Abel.

“Não dá para meter um gramado natural. Prefiro o natural, mas não dá. Vejam a quantidade de ‘coisinhas’ que tinham no gramado, a quantidade de bebidas que caem no campo…isso…o futebol e os espetáculos são intensos. O gramado tinha dez anos de garantia na Holanda, onde atuam de 10 em 10 dias. Lá não tem a poluição daqui, os eventos, infelizmente, a garantia…não tem garantia de 10 anos. Não tem como. Eu avisei”, finalizou ele.

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