GRAMADO sintético é PROIBIDO na Holanda e na Europa movimentos de proibição aumentam

Grama Sintética no Futebol: Proibição na Holanda e Campanhas Contra na Europa

O futebol, como muitos outros esportes, está em constante evolução. Uma das mudanças mais significativas nos últimos anos tem sido a introdução da grama sintética nos campos. No entanto, essa inovação tem enfrentado resistência na Europa, onde existe uma forte campanha contra o uso da grama artificial e até mesmo uma proibição na Holanda.

O Caso do Gramado na Holanda

Na Holanda, a Eredivisie, entidade que organiza a primeira divisão do futebol holandês, tomou uma decisão histórica em julho do ano passado. A partir da temporada 2025/26, os jogos da competição não poderão ser realizados em estádios com gramados 100% artificiais. Essa determinação veio após pressão do sindicato dos jogadores, que reclamavam da forma como a bola rolava na grama sintética e acreditavam que estavam mais suscetíveis a lesões nesse tipo de campo.

A entidade, inclusive, vai fornecer ajuda financeira extra (parte da verba dos direitos de transmissão e de competições europeias) para que os clubes possam se adaptar a essa mudança e passar a usar pelo menos gramas híbridas, que misturam plantas naturais e sintéticas.

Campanha Contra na Europa

A discussão sobre a utilização de grama sintética não é exclusiva da Holanda. Na Europa, há uma forte campanha para que os gramados artificiais sejam cada vez menos utilizados. A Premier League inglesa, a Serie A italiana e a La Liga espanhola, os três campeonatos nacionais mais importantes do futebol europeu, não possuem nenhum estádio com gramado 100% artificial. A regra por lá é a mesma que será adotada na Holanda: o piso pode conter placas sintéticas, mas deve também contar com vegetação natural.

Liga dos Campeões da UEFA e a Grama Sintética

Na Liga dos Campeões da UEFA, a situação é um pouco diferente. Clubes do norte e do leste europeu, que sofrem com invernos especialmente rigorosos, aderem à grama artificial. O Young Boys, da Suíça, que disputou a competição nesta temporada, é um dos times que utilizam o “tapetinho” em seu estádio.

Contudo, segundo uma reportagem publicada em outubro passado pelo Diário Olé, até mesmo os países mais frios da Europa podem em breve abandonar os gramados sintéticos. Isso se dá porque a União Europeia estaria analisando a proibição desse tipo de piso devido aos danos ambientais – aumento da presença de micropartículas de plástico no ar.

Situação no Brasil

No Brasil, a situação é diferente. O futebol brasileiro não possui nenhuma regulamentação específica que iniba o uso da grama artificial. Portanto, seguem as determinações das confederações das quais a CBF é filiada, ou seja, a FIFA e a CONMEBOL.

Três estádios utilizados na primeira divisão nacional (Allianz Parque, do Palmeiras, Nilton Santos, do Botafogo, e a Arena da Baixada, do Athletico-PR) contam com gramados artificiais. Para serem utilizados oficialmente, basta que o gramado obtenha uma certificação específica da FIFA para pisos de material sintético. Essa licença precisa ser renovada anualmente.

O uso da grama sintética no futebol é um tema que gera muitos debates. Enquanto alguns veem vantagens, como um custo de manutenção menor e a adaptação a condições climáticas adversas, outros argumentam que ela aumenta o risco de lesões e pode causar danos ambientais.

O que é certo é que essa discussão ainda está longe de chegar a uma conclusão definitiva. Enquanto isso, os fãs do futebol ao redor do mundo vão acompanhar de perto as mudanças nesse aspecto tão importante do esporte mais popular do planeta.

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