Ex-City fala como é a vida de JOGADOR na ARÁBIA SAUDITA
Aymeric Laporte revela desafios e frustrações na mudança para o Al Nassr na Arábia Saudita
Aymeric Laporte, ex-jogador do Manchester City, compartilhou desafios inesperados ao trocar o futebol europeu pelo Al Nassr, na Arábia Saudita. Em entrevista ao jornal As, o zagueiro espanhol mencionou surpresas quanto à qualidade de vida, especialmente em relação ao trânsito em Riade, capital do país.
Trânsito Caótico e Desafios Diários
Laporte expressou sua surpresa em relação ao trânsito caótico em Riade, afirmando que passa cerca de três horas por dia no carro. Apesar de pontos positivos, como shoppings espetaculares, o trânsito torna a vida cotidiana desafiadora, destacando como um ponto muito negativo.
“Para ser sincero, muitos de nós viemos não só pelo futebol. Vim buscando algo além da parte econômica. Em termos de qualidade de vida esperava algo diferente. No final das contas, você passa três horas por dia no carro. Riade tem muito trânsito, e você perde muito tempo no carro” – disse o ex-City.
“Tem pontos muito bons e outros muito ruins. Os shoppings são realmente espetaculares, cuidam muito bem de tudo, têm bastante coisas para as crianças, está tudo limpo. Mas a verdade é que se você quer ir a um lugar e vai demorar três horas para chegar, nem convém ir. O trânsito é um ponto muito negativo” – acrescentou Aymeric Laporte.
Maratona de Jogos e Cansaço Físico
O calendário intenso de jogos também foi abordado pelo zagueiro, citando a participação do Al Nassr na Copa do Rei da Arábia Saudita, na Liga Saudita e na Liga dos Campeões da Ásia. A sequência de partidas a cada três dias resulta em desgaste físico e mental, sem permitir tempo adequado para descanso, mesmo durante convocações para a seleção.
“Jogamos a cada três dias e é cansativo. São muitos jogos disputados e muito próximos, o que não nos permite descansar. Quando você vai para a seleção não te dão folga. Mental e fisicamente é complicado, mesmo que o ritmo seja um pouco menor. É algo difícil” – relatou.
Desafios Contratuais e Falta de Profissionalismo Diferente da Época no Manchester City
O ex-zagueiro do City não deixou de mencionar a falta de profissionalismo dos dirigentes, apontando mudanças arbitrárias nos contratos dos jogadores. Ele destacou a dificuldade em negociar com os dirigentes, que muitas vezes não cumprem acordos e fazem mudanças repentinas nos contratos.
“Qualquer ultimato que você dê a eles [dirigentes] eles nem ligam. Ou seja, fazem as coisas como querem. Você negocia uma coisa e em seguida eles dizem que não vão aceitar, mesmo depois de assinar acordo. Ficam brigando, discutindo…” – completou.
“São uns rolos que, na Europa, eu não sei se passaria. A verdade é que, da mesma forma que te dão muitas coisas, também te tiram em outros aspecto. Eles cuidam da gente, mas não o suficiente, par ao meu gosto. Na Europa, não te pagam um salário como o daqui, mas te cuidam bem mais” – finalizou.
Perspectivas Futuras
Embora comprometido com o contrato até junho de 2026, Laporte não descartou a possibilidade de deixar o Al Nassr antes do prazo, citando o exemplo de Jordan Henderson, que saiu do Al Ettifaq após seis meses para ingressar no Ajax. A experiência na Arábia Saudita apresenta desafios inesperados para o ex-jogador do Manchester City, e questionamentos sobre a qualidade de vida em comparação com o cenário europeu.
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