Grêmio lida com reencontro “tenebroso” com Huachipato
Tricolor enfrente jogo da vida na Libertadores
O Grêmio está diante de um dos jogos mais importantes da temporada e encara o reencontro com o Huachipato, às 21h desta terça-feira, como uma decisão de mata-mata.
Internamente, direção e comissão técnica blindam os jogadores e concentram todas as forças para a partida que pode definir o destino das duas equipes na Libertadores.
Desafio contra o Tricolor
O Tricolor entrará em campo no estádio CAP com a possibilidade de retornar para casa com dois dos três resultados possíveis. Uma vitória garante a classificação. Um empate adia a decisão para o último jogo.
Por outro lado, uma derrota significaria uma eliminação precoce. Nesse cenário, ao clube gaúcho restaria lutar com o Estudiantes por uma vaga nos playoffs da Sul-Americana na última rodada.
Uma eventual eliminação seria uma enorme decepção para a torcida, que aguardou quatro anos para ver o time de volta à principal competição do continente.
O Grêmio só foi eliminado na fase de grupos duas vezes em sua história, em 1982 e 1990. Em 2021, foi eliminado na fase preliminar.
A experiência de Renato
Como maior ídolo da história do Grêmio, Renato sabe dos problemas que uma eliminação representaria, por isso redobra esforços na mobilização do vestiário em busca de pelo menos um ponto para sair vivo do Chile.
Em um contexto motivado pela tragédia no Rio Grande do Sul, os jogadores vão a campo com o papel de dar alegria à torcida gremista e aos gaúchos, que precisam de uma “válvula de escape”.
Esse é o teor das cobranças do treinador aos atletas, que se mostram cientes e compreensivos com a realidade.
Mudanças na equipe
No último sábado, pelo Campeonato Brasileiro, o técnico optou por mandar a campo uma equipe reserva, com exceção de Villasanti, que esteve ausente nesta terça-feira devido ao serviço prestado à seleção do Paraguai.
Pela proximidade dos confrontos, Renato priorizou a Libertadores. Os titulares, poupados contra o Bragantino, chegam descansados para o duelo desta noite.
As últimas horas do Grêmio no Chile têm sido de proteção ao grupo. A delegação chegou em Talcahuano na tarde de domingo, antes da maioria dos veículos de imprensa do Brasil. Houve pouco contato entre o clube e os jornalistas em solo chileno.
Na tarde de segunda-feira (3), com os portões fechados, a comissão técnica conduziu o último treinamento na Universidade Santa Maria, localizada a menos de três quilômetros do hotel onde a equipe está hospedada.
A atividade também serviu para os jogadores se acostumarem com a baixa temperatura, já que a previsão para o horário do jogo é de chuva e uma mínima de 7ºC.
Ambiente hostil
Como aspecto positivo, o Tricolor não deverá enfrentar um ambiente hostil ou de grande pressão. Estima-se a presença de cerca de seis mil pessoas no estádio CAP, um público ligeiramente acima da média normal.
Nos dois jogos que o Huachipato disputou em casa, registrou empates em ambos, um histórico que traz esperança.
Se o Grêmio vencer, retorna a Curitiba classificado e disputará contra o Estudiantes para brigar pela liderança do Grupo C. Se empatar, a vitória contra os argentinos no próximo sábado torna-se uma obrigação para avançar às oitavas de final.
O sorteio da Libertadores, realizado na segunda-feira, determinou que o primeiro colocado do Grupo C enfrentará o Peñarol, do Uruguai. Já o segundo colocado enfrentará o atual campeão, Fluminense, comandado por Fernando Diniz.