A Vasco SAF interpôs recurso de agravo de instrumento contra a decisão liminar que transferiu o controle do futebol da 777 Partners para a gestão associativa.
O pedido da empresa visa a restrição do poder do CRVG, caso a liminar não seja revogada, e solicita a constituição de um Conselho Administrativo equilibrado entre os sócios.
A decisão da Justiça
Na última quarta-feira (15), a 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deferiu a solicitação do Vasco e retirou o controle da SAF das mãos da 777 Partners. A decisão liminar foi proferida pelo juiz Paulo Assed Estefan.
Na ação movida pela direção de Pedrinho, a SAF também é ré do processo, assim como a 777 Partners. Pessoas próximas à SAF do Vasco afirmam que o recurso de agravo de instrumento contra a decisão liminar em favor do clube associativo visa “proteger a governança da SAF e seus colaboradores”.
Além disso, a SAF requer que a 777 Partners seja privada do direito político em relação ao capital ainda não aportado, especialmente em referência aos próximos dois aportes pendentes, e que o clube associativo se restrinja aos 30% de participação que detinha antes da decisão liminar
O recurso de agravo
No recurso de agravo, de acordo com informações da SAF, não há uma proposta específica para a composição do Conselho Administrativo. A solicitação é para a formação de um corpo diretivo equilibrado entre os sócios do Vasco.
777 aciona Embaixada dos EUA
Preparando-se para contestar a decisão judicial que a removeu da SAF do Vasco, a 777 também procurou a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. A notícia foi inicialmente divulgada pelo jornal “O Globo”.
Conforme levantado pelo ge, a embaixada solicitou informações e iniciará uma investigação sobre a situação. Indivíduos associados à 777 esclarecem que a intenção é buscar possíveis irregularidades na decisão liminar do juiz Paulo Assed Estefan. Se isso for comprovado, a embaixada pode interpretar como um ataque ao capital americano no Brasil.
Esta ação é uma estratégia da 777 para se proteger legal e financeiramente. A empresa já requereu participação no processo, abrindo caminho para entrar com o recurso.
Clima conturbado
Durante a tarde desta segunda-feira, ocorreu tumulto e desentendimento na recepção do edifício comercial que abriga o escritório da SAF do Vasco, localizado na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Um perito designado pelo tribunal para examinar os documentos da empresa, como desdobramento do processo que removeu a 777 Partners do controle do futebol do Vasco, foi impedido de ter acesso pelo clube.
A SAF argumenta que a perícia não estava autorizada a realizar o trabalho naquele dia. De acordo com informações de fontes ligadas à empresa, os peritos não estavam de posse da documentação necessária.
