O ex-lateral da Seleção Brasileira, Daniel Alves foi condenado a quatro anos de prisão, pela acusação de estupro na Espanha. No entanto, a pena foi reduzida devido ao pagamento de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil), doado pela família de Neymar. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), protestou contra essa doação do craque e o chamou de “vergonha mundial”.
Senadora x Neymar
Eliziane foi às redes sociais comentar sobre a doação feita para que Daniel Alves tivesse sua pena reduzida. De acordo com a senadora “É preciso acabar com a cultura do estupro”.
“Vergonha mundial: @neymarjr, com a influência que tem junto à juventude presta um péssimo serviço ao doar 150 mil euros para reduzir a pena por estupro do colega Daniel Alves, condenado na Espanha. É preciso acabar com a cultura do estupro”, disse a senadora do X (antigo twitter)
Quem também se manifestou a respeito do caso foi a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Ela considerou a condenação “Exemplar e pedagógica”.
“O absurdo foi ele pegar dinheiro emprestado com o Neymar, pagar uma multa e diminuir a pena, algo que não resolve em nada para a vítima, não apaga o sofrimento dela”, escreveu em postagem.
Confirmação da ajuda
O pai do jogador, Neymar da Silva Santos, foi quem confirmou a doação feita pela família. Durante entrevista a Emerson Sheik, o ex-jogador e comentarista da CNN, Neymar Pai disse que Daniel Alves “não tinha dinheiro para se defender” e disse que a contribuição financeira foi uma “ajuda a um amigo”. Segundo ele, a família preferiu “acreditar em um amigo do que virar as costas para alguém”.
Além do valor, a família ainda cedeu Alves Gustavo Xisto, um dos representantes jurídicos das empresas do pai de Neymar, para prestar assistência jurídica para o ex-jogador.
O caso Daniel Alves
O ex-jogador foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por estupro contra uma jovem de 23 anos no banheiro de uma boate em Barcelona, em 30 de dezembro de 2022.
Além do período de reclusão, Daniel Alves terá que cumprir mais cinco anos de liberdade vigiada (regime semi-aberto), e ficar nove anos sem manter qualquer contato com a vítima, sendo obrigado a se manter distante pelo menos 1 km da casa e do trabalho da denunciante. Além de indenizá-la em 150 mil euros (aproximadamente R$ 800 mil) por danos morais, físicos e ajuda com o custo do processo.