Santos pode usar JOGADOR como PAGAMENTO de dívida ao Krasnodar

O Santos enfrenta uma crise financeira em meio a uma dívida de mais de US$ 3,5 milhões com o clube russo Krasnodar, decorrente da contratação do jogador peruano Cueva em 2019. Essa situação delicada coloca o clube brasileiro à beira de uma possível proibição de transferências pela FIFA, caso não seja resolvida a pendência.

Divida do Santos com os Russos

A questão, que envolve não só o Santos e o Krasnodar, mas também o Pachuca do México, tem sido motivo de disputas judiciais e remete às gestões anteriores, lideradas pelos ex-presidentes José Carlos Peres e Andres Rueda. Cueva, que chegou ao Santos após passagem pelo São Paulo, foi adquirido por US$ 7 milhões, com um acordo que previa inicialmente um empréstimo de um ano, seguido de uma compra obrigatória e contrato até o final de 2022.

Recentemente, uma reviravolta surpreendeu os bastidores do futebol, quando o jornalista esportivo Vagner Frederico revelou que o Santos ofereceu o zagueiro Messias em troca da quitação da dívida com o Krasnodar. Essa decisão demonstra a busca do clube brasileiro por soluções criativas para resolver seus problemas financeiros e evitar possíveis sanções desportivas.

Dificuldade financeira

O Santos enfrenta dificuldades financeiras persistentes, refletindo diretamente em suas negociações salariais com jogadores. No mês passado, o clube ratificou a permanência do zagueiro Messias, que, aos 29 anos, optou por uma redução salarial em prol da continuidade no clube. Ele se tornou o quinto atleta a aderir a essa medida, fortalecendo o elenco para a disputa do Campeonato Paulista e da Série B do Campeonato Brasileiro. Além de Messias e Basso, nomes como Rincón, João Paulo e Julio Furch também concordaram com a diminuição dos vencimentos.

Anteriormente, o Santos já havia anunciado a manutenção de João Basso, outro zagueiro que aceitou a redução salarial para integrar os planos da comissão técnica liderada por Fábio Carille. A busca por soluções financeiras também envolveu o atacante Morelos, cujo salário ultrapassava o teto estabelecido pelo presidente Marcelo Teixeira. Apesar disso, mesmo com a redução, a permanência de Morelos no clube parece iminente, dada a sua importância para o time.

Cueva no Peixe

A trajetória de Cueva no Santos foi marcada por desafios e frustrações. Apesar das expectativas elevadas, o jogador não conseguiu deixar sua marca em campo devido a uma série de problemas musculares que o afastaram das partidas. Sob a gestão do técnico Jorge Sampaoli, Cueva teve poucas oportunidades em seu primeiro ano e optou por deixar o clube, alegando salários atrasados e a não inclusão na lista para o Campeonato Paulista.

Em 2020, o destino de Cueva mudou com sua transferência para o Pachuca, no México. No entanto, o Santos contestou essa saída, alegando abandono de trabalho e exigindo o pagamento da multa rescisória. Enquanto isso, o clube enfrentava dificuldades financeiras e deixou de honrar os pagamentos referentes à compra do jogador ao Krasnodar, da Rússia. Em resposta, o clube russo acionou o Santos na justiça para reaver o valor acordado.

Sob a gestão do presidente Andres Rueda, o Santos buscou renegociar a dívida com o Krasnodar para evitar sanções da FIFA. Apesar de ter realizado dois pagamentos iniciais, o clube voltou a ficar inadimplente, aumentando o risco de novas punições. Diante desse cenário, a solução proposta para quitar parte da dívida envolve a transferência do zagueiro Messias ao Krasnodar, como forma de compensação pelo débito ocasionado pela passagem de Cueva pelo clube.

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