O ex-jogador Robinho, atualmente detido em Tremembé, São Paulo, terá direito a bolo durante a Páscoa, mas não a ovos de chocolate, revela o “Portal Cruzeirense”. Condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo na Itália, ele possui uma lista de itens permitidos para consumo durante sua reclusão.
Robinho debocha
Segundo informações de agentes penitenciários entrevistados pelo jornal Folha de S.Paulo, Robinho teria feito comentários descontraídos, dizendo que logo estará em casa comendo ovo de Páscoa. Os servidores relatam que o ex-jogador do Santos está confiante de que obterá uma decisão favorável nos próximos dias.
De acordo com o relato dos agentes à Folha, Robinho pode enfrentar dificuldades ao ter que conviver com os demais detentos em Tremembé, especialmente porque parece estar otimista quanto à sua liberdade em breve. Eles destacam que a realidade de compartilhar uma cela com pelo menos outras 4 pessoas pode ser desafiadora para o ex-atleta.
Itens liberados para o ex-jogador
Entre esses itens estão tênis, barbeador e hidratante corporal. A prisão de Robinho ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que ele cumpra no Brasil a pena estipulada pela Justiça Italiana.
Em declarações ao g1, José Eduardo Alckmin, advogado do ex-jogador, assegurou que o ex-jogador, com 40 anos, está bem e segue a rotina na penitenciária. Alckmin ainda mencionou que não teve contato direto com Robinho desde sua prisão, recebendo informações sobre sua situação através da esposa do ex-jogador.
Outros detentos
Após um período de dez dias, que se completa neste domingo (31), Robinho terá a possibilidade de interagir com outros detentos e receber visitas familiares. Atualmente, o ex-jogador encontra-se em uma cela de 8 metros quadrados, equipada com uma cama de concreto, um vaso sanitário embutido e uma pia. Além disso, tem direito a banho de sol sem acompanhamento.
Na Penitenciária de Tremembé, conhecida como presídio dos famosos, compartilha espaço com outros detentos célebres, como Alexandre Nardoni, Lindemberg Alves, Gil Rugai e Cristian Cravinhos. Após o período de adaptação, Robinho poderá ser transferido para uma cela comum.
Defesa agrediram liberdade
A defesa do ex-atacante ainda aguarda a análise de um agravo regimental, um tipo de recurso, no STF, apresentado logo após a prisão do ex-jogador. O advogado solicitou que o relator reavalie a decisão do ministro Fux, que negou a liberdade a Robinho, ou que leve o caso ao plenário.
O caso de Robinho é marcado por uma série de reviravoltas legais e polêmicas. O ex-jogador foi preso pela Polícia Federal após uma determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu que ele deveria cumprir uma pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo cometido na Itália.
Entenda o caso
O crime ocorreu em 2013, quando Robinho jogava pelo Milan, um dos principais clubes de futebol da Itália. Após nove anos do incidente, em 19 de janeiro de 2022, a justiça italiana emitiu uma decisão definitiva de condenação, determinando que a pena fosse cumprida. No entanto, como a legislação brasileira não permite a extradição de cidadãos brasileiros natos, Robinho permanecia no país.
Foi então que os ministros do STJ, por maioria, decidiram que a pena deveria ser cumprida no Brasil, levando à prisão do ex-jogador pela Polícia Federal. Este caso tem gerado intensa repercussão tanto no âmbito esportivo quanto no judiciário, destacando as complexidades envolvidas em casos de extradição e cumprimento de pena em diferentes jurisdições.
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