Por que não pode haver Brasileirão sem rebaixamento? Entenda

Sugerido por Renato Gaúcho proposta esbarra em impedimentos legais

Neste domingo (26), o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues marcou presença no “Futebol Solidário”, jogo beneficente em prol das vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Durante entrevista, o mandatário foi questionado sobre o “não rebaixamento”, no Brasileirão e foi bastante sincero.

É impossível ter um Brasileirão sem rebaixados

Ednaldo de cara descartou a possibilidade, citando a Lei Pelé, e outras entidades como a Conmebol e a FIFA para justificar a decisão.

“Porque a gente obedece um calendário e um regulamento da Fifa. O Estatuto da CBF tem duas leis pelo acesso técnico, tanto a Lei Pelé quanto a Lei Geral do Esporte. Então teria que mudar a constituição para não ter rebaixamento”, afirmou.

A ideia inicialmente foi sugerida por Renato Gaúcho, durante entrevista para o canal SporTV. A medida tem como objetivo não prejudicar os clubes que foram afetados pelas enchentes do Rio Grande do Sul quem participam do Brasileirão Séria A.

Os impedimentos

A Lei Pelé que ainda está em vigor e o artigo 89, proíbe uma ideia de um Campeonato sem rebaixamento.

“Em campeonatos ou torneios regulares com mais de uma divisão, as entidades de administração do desporto determinarão em seus regulamentos o princípio do acesso e do descenso, observado sempre o critério técnico”, artigo 89 da Lei Pelé.

Além do impedimento legal, outros dois fatores interferem diretamente nesta decisão: O calendário de 2025 e a relevância do Brasileirão.

Segundo informação do site GE, existe uma preocupação de que com um campeonato sem rebaixados, gere uma desmobilização. Ou seja, as equipes debandem por conta de não haver rebaixados.

Em 2025, o calendário já é visto como apertado com Flamengo, Fluminense e Palmeiras já possuem presença garantida no Mundial de clubes. Com 24 clubes na primeira divisão, o número de jogos passaria dos atuais 380 para 552. O presidente comentou sobre esta última decisão se mostrando contrário.

“Respeitamos todos os posicionamentos dos clubes. Mas 46 datas não dá. 38 já nos causa dificuldades. Não vamos acatar”, disse Ednaldo Rodrigues.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.