Palmeiras: WTorre trocará o gramado e pretende solucionar impasse momentâneo, tecnoliga será parecida a outros gramados sintéticos do país
Problemas no gramado do Allianz Parque levam a mudanças estruturais, cortiça substituirá material termoplástico
A construtora WTorre está programando uma intervenção no gramado do Allianz Parque, adotando uma solução inspirada no campo do Botafogo no Nilton Santos. A decisão visa substituir o material termoplástico, danificado pelo calor, por cortiça, que será colocada sob a grama sintética. Este movimento busca solucionar os desafios enfrentados pelo campo do Palmeiras, e a WTorre comunicou ao clube que a troca será concluída até o dia 20 de fevereiro.
Palmeiras jogará na Arena Barueri
Caso a previsão se concretize, o Palmeiras enfrentará a perspectiva de perder dois jogos do Paulistão. O primeiro confronto, originalmente agendado contra o Ituano em 8 de fevereiro, e o segundo diante do arquirrival Corinthians, previsto para 18 de fevereiro. A Arena Barueri provavelmente será o palco para essas partidas, sob a administração de Leila Pereira.
Soccer Grass e WTorre
A implementação deste projeto ficará a cargo da Soccer Grass, empresa que, apesar do rompimento do contrato com o Palmeiras na segunda-feira, permanece como parceira da WTorre e continuará responsável pelo gramado do Allianz Parque. A decisão de substituir integralmente o material termoplástico foi motivada por danos causados pelo calor em São Paulo, conforme apontado pelo laudo técnico.
A base do gramado do Palmeiras será mantida conforme as especificações atuais, ainda dentro do período de garantia. A tecnologia da grama sintética permanecerá similar a outros campos, com a única diferença sendo o recheio, que antes era termoplástico e agora será de cortiça. A expectativa é que essa mudança resolva os problemas enfrentados recentemente.
O composto termoplástico, utilizado anteriormente, sofreu deformações, tornando-se uma substância problemática para os jogadores. Imagens divulgadas pelo ge no último domingo destacaram a seriedade do problema. Em 2020, aproximadamente 54 toneladas desse material foram aplicadas, apresentando visual semelhante a borracha, mas com composição oca, evitando o acúmulo de água.
Considerando as altas temperaturas, a cortiça surge como uma alternativa viável, já utilizada com sucesso no Nilton Santos, estádio do Botafogo. A Soccer Grass, responsável pela substituição, teve seu contrato rompido na segunda-feira, mas continua como parceira da WTorre.
Avaliações indicam que as outras duas camadas do gramado, o Shock Pad e o tapete de grama sintética, estão em boas condições e dentro do prazo de validade, dispensando manutenção no momento. A cortiça, autorizada pela Fifa e elogiada por atletas, promete ser uma solução eficaz para os desafios enfrentados pelo Palmeiras.
Histórico de Insatisfação: Alviverde e WTorre em Diálogo Contínuo
O descontentamento do Palmeiras com o estado do gramado do Allianz Parque não é uma novidade. Anteriormente, o clube havia contatado a Soccer Grass, exigindo melhorias, especialmente na camada termoplástica. Apesar do compromisso de substituição, a empresa não conseguiu fornecer um prazo para as reparos, levando o clube a encerrar o contrato.
Na semana passada, o Palmeiras afirmou que não jogaria no Allianz até a conclusão das reformas necessárias. Para o jogo contra o Ituano em 8 de fevereiro, solicitou à Federação Paulista de Futebol a transferência para a Arena Barueri, sob a gestão da Crefipar, empresa de Leila Pereira, sem incorrer em custos adicionais.