Leila Pereira atual presidente do Palmeiras, concedeu entrevista coletiva na tarde dessa última quarta-feira (11), na Academia de Futebol, na qual elevou o tom contra a principal torcida organizada do clube, a Mancha Verde. Sem mencionar diretamente o nome da entidade, a mandatária não economizou palavras ao chamá-los de “câncer do futebol brasileiro”.
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O contexto dessa disputa se intensificou nos últimos dias, com pichações ocorrendo tanto na sede do Verdão quanto em 40 lojas da Crefisa, patrocinadora do clube, contendo mensagens contrárias a Leila Pereira e ao diretor de futebol, Anderson Barros. Esse episódio é apenas um dos muitos embates que têm ocorrido desde o início da gestão de Leila em 2022. No entanto, a atual situação parece ter despertado uma postura mais incisiva da presidente.
Leila Pereira declarou enfaticamente:
“Torcedor organizado não torce pelo Palmeiras, torcem pela entidade deles.”
Ela denunciou os atos de vandalismo contra um parceiro de nove anos de colaboração com o clube e anunciou a intenção da Crefisa de processar judicialmente a torcida organizada, tanto em esferas civil como criminal.
A Crefisa vai processar a torcida organizada civil e criminalmente, isso não vai ficar assim”, completou a mandatária.
Além de discutir a tensão com a torcida organizada, a presidente expressou preocupação com a possibilidade de reforços não aceitarem contratar devido ao clima de violência. Ela fez um apelo às autoridades públicas para que tomem medidas efetivas contra os “baderneiros.”
Leila também mencionou a preocupação do treinador Abel Ferreira, referindo-se aos problemas de segurança que poderiam afetar sua decisão de continuar no clube.
Essa entrevista coletiva provocou uma forte reação não apenas da torcida, mas também de figuras proeminentes do clube. O ex-goleiro Marcos, um dos maiores ídolos do Palmeiras, expressou sua oposição às declarações de Leila Pereira, ressaltando a importância dos torcedores para o clube.
Outro aspecto a ser observado é a reprovação interna de funcionários do clube, muitos dos quais estão há muito tempo na instituição e antes do patrocínio da Crefisa. A falta de respeito pelo passado recente do clube foi notada.
[saswp_tiny_multiple_faq headline-0=”h2″ question-0=”Paulo Nobre não gostou nada da coletiva” answer-0=”” image-0=”” count=”1″ html=”true”]
A polêmica entrevista de Leila Pereira também irritou o ex-presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, que divulgou uma carta aberta repudiando as declarações da atual mandatária. Nobre afirmou ter sentido “nojo e raiva” ao ver o clube ser humilhado nacionalmente e criticou a postura de Leila, acusando-a de arrogância e soberba.
“Ontem, o Palmeiras sofreu um enorme ataque de quem tem o dever, moral e de ofício, de defendê-lo. Não sei se a senhora alcança isso. Provavelmente não!” declarou o ex-presidente do clube, Paulo Nobre.
Nobre também enfatizou que o Palmeiras não foi fundado em 2015, destacando a trajetória do clube antes da chegada da atual presidente e suas empresas.
A entrevista de Leila Pereira gerou controvérsias e descontentamento, tanto entre a torcida quanto entre figuras influentes do Palmeiras. A situação parece estar longe de ser resolvida, e o impacto a longo prazo no clube permanece incerto.