Nino fala sobre renúncias após conquista do Campeonato Russo
Ex-Fluminense ainda não conheceu o filho, nascido no Brasil
Nino, zagueiro contratado pelo Zenit no início do ano, está prestes a encerrar sua primeira temporada na Rússia com dois troféus.
Após a conquista do Campeonato Russo no último fim de semana, o clube de São Petersburgo pode garantir a Copa do país no próximo domingo (2).
Isso significaria que o brasileiro acumularia três taças conquistadas nos últimos sete meses, incluindo a Copa Libertadores pelo Fluminense.
O desafio na equipe
Antes do confronto contra o Baltika, o zagueiro mencionou o desafio de integrar a temporada brasileira à europeia, tendo estado em atividade incessante por um ano e meio.
“Foi, sem dúvida, um período de transformações pessoais e profissionais. Muitas mudanças e conquistas importantes e gratificantes. Sensação de esforço recompensado”, disse o ex-Fluminense, que completou:
“Temos mais uma oportunidade de título, e depois, sim, descansar. Seria o terceiro título em sequência, que o clube não conquista há muito tempo e que é difícil lutar junto com o Campeonato Russo.”
A decisão de Nino
A decisão do jogador de se transferir para o futebol russo implicou não apenas a adaptação ao novo calendário, mas também à rotina em um país do Leste Europeu.
Nino teve que acompanhar à distância os últimos meses de gravidez de sua esposa Larissa e testemunhou o nascimento de Antônio, o segundo filho do casal, em 25 de abril.
Até o momento, o zagueiro não teve a oportunidade de conhecer pessoalmente o recém-nascido e aguarda ansiosamente o momento de reunir a família.
“Foi uma situação muito difícil. Optei junto à minha esposa pelo nascimento do nosso filho acontecer no Brasil. É muito difícil estar longe deles. Minha filha, nos primeiros dias que vim, acordava chamando meu nome, e eu estava aqui. Mas ao mesmo tempo, em um ano importante para o clube, para conquistar o sexto título consecutivo e entrar para a história.”
“Ter que administrar todas essas coisas é muito difícil, mas faz parte da minha vida, da rotina de um jogador de futebol profissional”, destacou ele.
“Mas graças a Deus essas renúncias valeram a pena e estou muito feliz de chegar ao Brasil daqui a pouco para vê-los e com boas notícias para dar das competições que jogamos.”
Fora da Seleção
A mudança para a Rússia coincidiu com a troca no comando da seleção brasileira: Fernando Diniz, antigo treinador de Nino no Fluminense, foi substituído por Dorival Júnior.
Na primeira convocação de Dorival, em março, o zagueiro do Zenit não foi chamado, interrompendo uma sequência de convocações que havia sido iniciada por Diniz e continuada por Ramon Menezes no ano anterior.
Diante disso, o jogador de 27 anos expressou que não alimentava expectativas de ser convocado para a Copa América, que está programada para iniciar em 20 de junho, nos Estados Unidos.
“Nunca pude trabalhar com o Dorival, mas só ouço coisas boas de quem trabalhou. Estava com expectativa para a primeira convocação do ano, por ter ido todo o ano passado, ter acabado o ano muito bem. Mas essa da Copa América eu já sabia que eu não ia, pela primeira (convocação), em que meu nome não foi lembrado. Mas é algo que vou seguir trabalhando para que um dia aconteça, porque segue sendo meu sonho. Mas estou muito em paz com o que tenho vivido aqui no Zenit.”