Marcelo Salazar fala sobre carreira e transição na Arábia Saudita

Dirigente contou que Mano Menezes foi quem levou ele ao Al-Nassr

Desde os primeiros passos nas quadras de futsal em Recife, Marcelo Salazar traçou uma trajetória surpreendente que o levou das competições europeias até a gestão de um dos clubes mais proeminentes da Arábia Saudita, o Al-Nassr.

Aos 23 anos, após conquistar um torneio na Bélgica, Salazar recebeu um convite para jogar futebol na Europa. Em 2004, naturalizou-se português e representou a seleção lusitana em 51 partidas, marcando 19 gols.

Sua jornada no esporte incluiu uma incursão pelo Kuwait antes de encerrar a carreira em 2013 e mergulhar na gestão esportiva.

Atualmente, como executivo de futebol no Al-Nassr, Salazar testemunha o impacto dos investimentos no esporte saudita, destacando a ascensão do campeonato local e a presença de estrelas como Cristiano Ronaldo.

Do futsal na Europa à direção do Al-Nassr

Depois de concluir sua formação em Educação Física aos 23 anos, Marcelo Salazar deu início à sua carreira como jogador de futsal no Sport Recife.

Representando sua equipe na cidade natal, participou de um torneio na Bélgica e saiu como campeão. Seu desempenho chamou a atenção e ele recebeu um convite para jogar no futebol europeu.

“O campeão belga contrata o nosso treinador, que era o Ricardo Menezes, e ele me leva junto. Eu vou para a Bélgica em 2001 e desde então estou fora do Brasil”, comentou o dirigente.

“Em 2004, eu me naturalizo através da minha mãe, já que os pais dela são portugueses. Já havia uma conversa com o treinador da seleção de Portugal para me levar, caso eu conseguisse a naturalização. Fui imediatamente convocado”, completou ele.

A carreira de Marcelinho

Atuando como fixo no futsal, Marcelo Salazar, conhecido como Marcelinho, acumulou 51 partidas e 19 gols pela seleção portuguesa.

Além disso, participou da Copa do Mundo de 2004 e sua ausência no Mundial de 2008, no Brasil, foi por conta de uma lesão. Aos 32 anos, assinou contrato com um clube do Kuwait, onde jogou por duas temporadas, encerrando sua carreira em 2013.

A chegada ao futebol

Em busca de mais oportunidades, considerou a transição para o futebol e realizou cursos de treinador, começando a trabalhar como técnico de futebol em uma universidade.

Recebendo um convite de Péricles Chamusca, ingressou como auxiliar técnico na Arábia Saudita e, posteriormente, foi convidado por Mano Menezes para atuar no Al-Nassr:

“Quem me trouxe ao Al-Nassr foi o Mano Menezes. Vim como é auxiliar técnico e chego a dirigir, o Al-Nassr em 5 jogos. No período que o Mano foi demitido, eu fiquei aqui durante 45 dias como interino.”

“Quando vem o próximo treinador, o presidente enxergou em mim aí alguma habilidade para trabalhar na gestão e me coloca como executivo de futebol”, completou o dirigente, que segue no clube até hoje.

Investimento na Arábia Saudita

Marcelo Salazar afirma que nunca tinha considerado a possibilidade de trabalhar como dirigente, mas sim como treinador. Ele não descarta a ideia de retornar aos campos no futuro.

No entanto, atualmente, é responsável por um dos clubes que mais investiram em contratações no futebol da Arábia Saudita.

Desde 2018 no país, o brasileiro destaca que não esperava testemunhar um crescimento tão significativo no esporte local, porém, valoriza os resultados já obtidos a partir desses investimentos:

“Na temporada 21/22, a gente nem sonhava que o Cristiano ia vir para cá. E muito menos que depois da chegada dele, pensávamos que a gente ia presenciar o que a gente viu no mês de junho e julho de 2023, com todas essas negociações.”

“Meus amigos do Brasil falam: ‘O aquele camisa 29, o Ghareeb, o baixinho, joga muita bola’… O campeonato saudita se tornando um dos mais seguidos no mundo. Coisas impensáveis um ano atrás”, finalizou Salazar.

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