Jogador da SELEÇÃO deve R$ 16 milhões a agentes e sofre diversos PROCESSOS

Jogador enfrenta os processos na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD)

O ex-jogador do Atlético e atualmente no Tottenham, o lateral-direito Emerson Royal, que esteve presente na última convocação da Seleção Brasileira, está enfrentando dívidas no montante de R$ 16.314.072,01 com empresas que o representaram. Vale destacar que o valor cobrado ao atleta pode não estar atualizado.

As decisões judiciais têm favorecido três empresários, conforme informado pelo UOL. As ações estão tramitando na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD).

Processo contra Emerson Royal

Em um dos processos, o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) confirmou a sentença da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), que determinou o pagamento de 600 mil euros (equivalente a R$ 3.197.820) devido à quebra imotivada de contrato do jogador com as empresas Argos Gestão e Consultoria Esportiva, pertencente ao empresário Bruno Alves Ramos, e G3 Consultoria Esportiva, do agente José Galante.

A Link, empresa do empresário André Cury, foi condenada a ser solidária no pagamento. No entanto, o empresário negou ter influenciado o lateral a romper o vínculo com seus antigos agentes. Atualmente, a Link está em conflito judicial com Emerson Royal e também teve uma decisão favorável em seu caso.

O lateral-direito alega ter perdido a confiança nas empresas Argos e G3 ao descobrir que ambas receberam valores diretamente da Ponte Preta e do Atlético-MG sem a sua aprovação. A sentença também determinou que Royal reembolsasse as duas agências em R$ 26 mil por investimentos que elas realizaram.

As empresas Argos e G3 moveram uma ação na Justiça buscando o pagamento da multa da Link no valor de R$ 5.265.717,98 (considerando o valor atualizado e os honorários).

Em 20 de outubro, a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) condenou Emerson Royal ao pagamento de R$ 13,9 milhões, além de R$ 300 mil referentes a honorários, em comissões cobradas pela Link. A defesa do jogador pretende recorrer da decisão.

O que diz a Link?

Em nota, a empresa de André Cury diz que a decisão da CNRD foi injusta. Confira o pronunciamento:

“A decisão da CNRD foi claramente injusta pois, ao longo de todo o processo, o órgão permitiu, de forma inerte e omissa, que as partes contrárias no processo, Argos e G3, se unissem, através de seus respectivos advogados, para blindar o atleta com o intuito ardiloso de apontar a Link como a responsável solidária pelo pagamento de uma eventual condenação.

Diante da materialização das ocorrências, a Link adotará providências necessárias e ingressará com representação criminal contra todos os envolvidos. Em um momento oportuno, inclusive, também exigirá a nulidade da decisão pelos atos ilícitos, que serão fundamentados e comprovados com a apresentação de diversos documentos registrados no procedimento.

Além disso, ainda enviará um comunicado à OAB para informar sobre o conluio entre os advogados responsáveis e o modo de operação dos doutores, que agiram de má-fé em prol de benefícios financeiros. É preciso deixar bem claro que a LINK não foi a responsável pelas rescisões contratuais entre Emerson Royal e as empresas Argos e G3.

A Link, aliás, foi contratada somente após o distrato contratual entre o atleta e a Argos, que ocorreu por motivos de ausência de prestação de contas e pelo recebimento de um valor de comissão maior do que previamente acordado com o jogador.

Tais fatos, inclusive, foram admitidos pelo próprio Emerson Royal, em depoimento. Além disso, a CNRD reconheceu o recebimento do valor indevido pela Argos, mas, de maneira equivocada, não reconheceu a rescisão contratual pelo motivo citado acima e, ainda, permitiu, de forma passiva, toda a trama ocorrida e registrada ao longo do processo”.

O que disse a Argos e a G3?

Em nota, as empresas também se pronunciaram:

“Essa tese de conluio apontada pela defesa da Link é tão absurda que foi prontamente rechaçada pela CNRD e foi descartada pela própria Link, não sendo objeto de seu recurso à CBMA. Houvesse qualquer conluio da Argos e da G3 com o atleta, não estariam pedindo a punição dele na CNRD por conta do inadimplemento. Esses devaneios servem apenas para mostrar o inconformismo da defesa, que tenta tratar como injusta e equivocada uma decisão confirmada por um segundo tribunal arbitral e contra a qual não cabe mais nenhum recurso”.

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