Grêmio aponta que rebaixamento foi citado por outros clubes

Alberto Guerra também isentou o Inter de conversas sobre o assunto

A proposta de Renato Portaluppi de evitar o rebaixamento de qualquer clube em 2024 não originou-se nem do Grêmio nem do Inter.

A ideia foi discutida por outros clubes da Série A durante conversas informais entre os dirigentes. O assunto está ganhando destaque nos bastidores.

Falta menos de uma semana para a reunião do Conselho Técnico da Série A, marcada para a próxima segunda-feira (27), dia 27, e será uma das questões a serem debatidas com a CBF.

Conversas com a CBF 

É improvável que a iniciativa saia do âmbito teórico e se concretize na prática. A alternativa em estudo enfrenta obstáculos legais e políticos.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em uma entrevista recente ao ge, descartou, inicialmente, a aplicação de soluções como evitar o rebaixamento dos times gaúchos.

A entidade confirmou as novas datas do Brasileirão e os locais dos jogos do Grêmio na terça-feira (21).

Isonomia no Brasileirão

O Tricolor avalia que a equidade do Campeonato Brasileiro está comprometida, considerando que a equipe passará grande parte da competição sem realizar jogos em Porto Alegre.

Competir longe de casa e longe de grande parte da torcida é considerado internamente como um desequilíbrio técnico evidente.

A Arena, na verdade, está longe de apresentar as condições mínimas para eventos e jogos. Apenas uma parte do gramado está visível, localizada no centro do campo. Os demais pontos ainda estão alagados. A coloração da grama está escura, prejudicada pela lama resultante da cheia do Guaíba.

Duas partidas pela Libertadores, contra The Strongest e Estudiantes, estão confirmadas para o Couto Pereira, em Curitiba.

Para os jogos do campeonato de pontos corridos, a intenção é estabelecer uma sede temporária no Rio Grande do Sul – Caxias, Erechim e Passo Fundo foram mencionados como possíveis locais.

“O princípio dos pontos corridos, uma fora e uma em casa, está quebrado, especialmente para o Grêmio, o Inter ainda volta antes. Não se sabe se só os gaúchos ou se todos os times (seriam impedidos de cair). Ninguém (do Grêmio) fez um estudo do regulamento”, disse uma fonte gremista ao ge.

Aspecto esportivo preocupa

Além da ausência da Arena e dos desafios logísticos, como o fechamento indefinido do aeroporto de Porto Alegre e o grande número de estradas bloqueadas no estado, o Grêmio também está preocupado com o aspecto esportivo. O time enfrentará três jogos decisivos pela Libertadores em um intervalo de apenas 11 dias.

Renato Portaluppi listou razões que o deixam preocupado com a retomada das competições: deficiência física, falta de ritmo de jogo e questões psicológicas – estas últimas, de acordo com o treinador, são evidentes nos rostos dos jogadores, ainda perturbados pelas consequências das enchentes no RS.

“Tem muita gente que acha que as águas do (lago) Guaíba vão baixar e vai tudo voltar ao normal. Acho que muita coisa, infelizmente, vai continuar acontecendo. E a parte psicológica dos jogadores vai ficar afetada. (…) Acho que seria a melhor ideia (não ter rebaixamento no Brasileirão), mas não cabe a mim. Eu penso dessa forma”.

A retomada dos jogos será em uma semana, no dia 29, contra o The Strongest, pela Libertadores. O time gaúcho encontra-se na última posição, com dois jogos a menos em comparação aos bolivianos, que já garantiram sua classificação.

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