Filipe Luís explica a negativa para a CBF

O ex-jogador está comandando o time de base do Flamengo

Sem tempo para descanso após sua aposentadoria, Filipe Luís mergulhou de cabeça na carreira de técnico, enfrentando desafios e recusando convites tentadores, como o da CBF.

Apaixonado pelo futebol e com o apoio da família, o treinador do Flamengo Sub-17 busca implementar seu modelo de jogo focado em posse de bola ofensiva e pressão constante, equilibrando a necessidade de vitórias com a formação dos jovens jogadores.

O processo de transição

Ao Abre Aspas, do ge, ele destacou a falta de “férias” entre a sua aposentadoria e o início de sua carreira como treinador.

“Eu tirei a licença B em 2020 e no ano passado tirei a licença A, e as práticas eram durante o Brasileirão. Então, eu me aposentei e no dia seguinte estava às 10h na sala de aula estudando. Isso foi um impacto, mas eu amo tanto isso, amo tanto futebol, sou tão apaixonado, que vou com prazer. O difícil para mim é estar longe do futebol, é sair de férias.”

“Eu tenho o apoio da minha esposa e da minha família, tenho a hora certa. (Quando parei) saímos de férias, descansamos o tempo que eu pude. Não todo o tempo que a família gostaria, mas como eles me apoiam tudo fica mais fácil”, destacou.

O convite da CBF

O treinador do Flamengo também explicou o motivo para ter recusado o convite da CBF para ser coordenador técnico da Seleção Brasileiro:

“O presidente Ednaldo me ligou, conversou comigo sobre a possibilidade. Primeiramente, a seleção brasileira ligar e você dizer não é difícil. Mas eu tenho tão claro que quero ser treinador, que seria desviar do meu caminho, fazer uma curva. Primeiro, por ser totalmente inexperiente para o cargo, há muito melhores do que eu para essa função e que vão ajudar mais. E segundo porque eu egoistamente quero começar essa carreira como treinador.”

“Deixei a porta aberta caso ele quisesse algum cargo no campo, mas para esta função eu preferi não aceitar. Por mais que financeiramente, status, e tudo mais, seria melhor ir para lá, meu coração quer estar no campo. Não me arrependo”, disse Filipe Luís.

Pressão por resultados

O treinador do Flamengo também destacou o motivo para ter aceitado o convite do clube carioca.

“Primeiro: eu quero ganhar. Sempre fui um cara supercompetitivo, continuo sendo, mas existem coisas que a gente não controla. O resultado a gente não consegue controlar, a maneira sim. A maneira que a gente ganha e a maneira que a gente perde. Se for para perder, que seja da minha maneira e não de qualquer jeito. Que seja agredindo o gol adversário, tentando jogar, botando a bola no chão… A partir dessa ideia e modelo de jogo, os resultados eu acredito que estão mais próximos, mas do outro lado também há treinadores e jogadores muito bons.”

“Na base, está me surpreendendo muito o nível tático dos jogos. O que me desanima um pouco é o horário, que é sempre 11h com calor e gramados muito ruins. É uma situação complicada para desenvolver essa ideia e modelo de jogo de posse e progressão”, explicou.

“Quero ganhar, mas quero ganhar da minha maneira e jogando de uma forma que me leve mais perto da vitória. O clube me dá total liberdade para tomar qualquer decisão, mas você está com o escudo do Flamengo no peito e precisa ganhar todos os jogos”, finalizou Filipe Luís.

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