Existem FALHAS no Maracanã que atrapalham o Flamengo; presidente do Clube acredita que estádio prejudica o time

Presidente assumiu que quer construir novo estádio

O Flamengo participará do processo licitatório promovido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. O time quer obter a concessão do Maracanã pelos próximos 20 anos. O presidente do clube, Rodolfo Landim, comentou sobre o assunto.

O mandatário do Flamengo revelou que a equipe está se preparando para superar os concorrentes. Ao mesmo tempo, o presidente expressou críticas à estrutura e à gestão financeira relacionadas ao estádio.

O que disse o presidente do Flamengo?

A equipe de reportagem do Coluna do Fla teve acesso a áudios de uma reunião do grupo ‘União Rubro-Negra’, que aconteceu na última segunda-feira (04), nos quais Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, compartilhou suas opiniões sobre o Maracanã.

Landim alegou que o estádio não possui a dinâmica adequada para clubes. O estádio foi reformado para a Copa do Mundo de 2014.

“A gente está se preparando para participar de uma licitação no Maracanã, definitiva, que a gente espera participar, espera ganhar. Mas o Maracanã, se por um lado tem todo esse valor emblemático de ser o estádio mais importante do mundo, o Maracanã é um estádio caro de operar”, destacou.

O presidente ressaltou o tamanho do Maracanã como um dos problemas para o controle do estádio. “É muito grande. Ele tem algumas falhas importantes. Ele foi feito para disputar uma Copa do Mundo, ele não foi feito para um clube”, pontuou Landim.

Falhas

Uma das críticas de Landim está voltada para a logística do estádio. Segundo o presidente do Flamengo, é considerado um desperdício ter que isolar aproximadamente 4 mil assentos para criar um setor de visitantes que esteja de acordo com as normas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“Ele (Maracanã) não tem entradas isoladas para você botar uma torcida adversária, já que no regulamento você precisa isolar. Tinham 4 mil lugares reservados para a torcida do Cuiabá, mas tinham só 140 pessoas do Cuiabá”, começou Landim.

“Então, por 140 pessoas, tivemos que deixar uma área de 4 mil lugares isolada para eles, e ainda perdemos mais uns quase 4 mil lugares para isolamento da Polícia Militar”, explicou o presidente.

“Como o estádio não está preparado para a condição que ele que tem que ter, até porque foi um estádio com padrão FIFA, e a gente viu o que foi padrão FIFA no Brasil x Argentina, com torcida mista, que houve a porrada. Ali era um jogo da FIFA, com torcida misturada sim. Ele não permite algumas coisas para a gente”, continuou o presidente do Flamengo.

Renda

Outro assunto abordado foi a renda do Maracanã. Para Landim, o faturamento é prejudicado por conta do Estado. “Outra coisa é a renda do Maracanã. Ela começa com 5 mil ingressos sem a gente poder contar, porque são das cadeiras cativas”, explicou ele.

“Eu mesmo sou um dos responsáveis disso porque tenho oito cadeiras cativas no Maracanã e sempre tem gente me pedindo alguma cadeira cativa para ir para o jogo. Ou seja, se tem cadeira cativa, alguém que está indo para lá não está pagando para o Flamengo“, assumiu.

“O Estado, para te dar a concessão, cobra o aluguel do aparelho e ainda solicita ingressos para ele. Tudo isso é receita que vai sendo drenada. Quando você bota tudo isso no conjunto… O Flamengo tendo uma grande equipe, que sempre atrai muita gente e não só do Rio de Janeiro”, completou ele.

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