Ex-árbitros comentam pênalti para Corinthians contra Grêmio

Ex-árbitros falaram sobre a penalidade não marcada no embate entre Corinthians e Grêmio, um lance polêmico deixou-os em acordo: para eles, houve pênalti claro não assinalado a favor do Corinthians. O ocorrido gerou discussões sobre a atuação do VAR e as consequências dessa decisão no decorrer da partida. Saiba todos os detalhes e a análise dos especialistas.

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O Lance em Questão

Matheus Bidu, jogador do Corinthians, foi ao chão após contato com João Pedro, do Grêmio, aos seis minutos do primeiro tempo. Apesar de ex-árbitros afirmarem que foi pênalti, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima não assinalou a falta, e o VAR, sob responsabilidade de Rafael Traci, não recomendou revisão.

Na sequência, Bruno Méndez do Corinthians foi expulso após uma entrada dura em Besozzi. A decisão inicial de mostrar cartão amarelo foi revertida para vermelho após revisão no VAR.

Veredicto dos Ex-Árbitros

Os ex-árbitros, ao analisarem o lance, foram unânimes em considerar que João Pedro cometeu pênalti. Destacaram a carga por trás suficiente para derrubar Bidu, indicando que não só deveria ter sido marcada a penalidade como também a aplicação de cartão vermelho ao jogador gremista.

Opiniões dos Ex-Árbitros

 

Carlos Eugênio Simon afirmou que foi pênalti, enquanto Nadine Basttos considerou o lance claro. Manoel Serapião enfatizou que a revisão do VAR não excluiria a expulsão de Bruno Méndez, pois a integridade física do jogador deveria ser preservada. Veja o que cada um dos nove ex-árbitros disseram a seguir:

“Jogador do Grêmio com o braço nas costas e a perna derruba o adversário. Pênalti!”
Carlos Eugênio Simon

 

“Foi pênalti! João Pedro foi imprudente e acabou derrubando o Matheus Bidu, o pênalti deveria ter sido marcado! O VAR diz que não foi o contato que derrubou o atacante, discordo completamente. Para mim o pênalti é claro.”
Nadine Basttos

 

“Pênalti claríssimo. O jogador sofreu carga por trás, pelas costas, e ainda teve uma alavanca. A infração não precisa ser grosseira, mas o suficiente para desequilibrar o jogador. Ele tinha o paraíso à sua frente, próximo da pequena área, com o goleiro distante, ninguém mais à frente. No vídeo não se vê diminuir passada, vê ele sofrer o penal indiscutível. Pênalti claro, não sei por que Traci não recomendou a revisão.”

Manoel Serapião

 

“Pênalti claro, sem dúvida. Em qualquer outro lugar do campo, ele marcaria falta e daria amarelo. Nesse caso, era pênalti e vermelho, era oportunidade clara de gol. Errou e o VAR errou também, os dois erraram feio no lance. Não tem como não dar um pênalti desse, erro grosseiro do árbitro.”
João Paulo Araújo

 

“Foi pênalti. O jogador do Corinthians recebe um tranco por trás, ia sozinho em direção à meta. Além da penalidade, o infrator deveria ser expulso por uma clara e manifesta oportunidade de gol. Por que o árbitro errou? Por estar muito próximo do lance e muito mal colocado. Ele tem que ver a ação dos jogadores de corpo inteiro e nunca por trás, isto elimina a profundidade. Ele teria que abrir a diagonal e ver a ação lateralmente como nos vimos aqui neste vídeo. Faltou discernimento ao VAR para alertar o árbitro para verificar a jogada por outros ângulos.”
Emidio Marques

 

“Pênalti claríssimo que deveria vir acompanhado de cartão vermelho para o jogador do Grêmio, que comete a infração sobre um jogador com clara e manifesta possibilidade de gol.”
Renato Marsiglia

 

“Foi muito pênalti, o jogador do Grêmio agarra o jogador do Corinthians e dá uma rasteira. Se aquilo não foi pênalti, não sei mais o que deve ser marcado.”
Ulisses Tavares

 

“Foi pênalti. O VAR deveria sugerir revisão. Esse é o maior problema do campeonato até o momento: o VAR julgar e definir pelo árbitro de campo. Ele deveria, nesses casos, sugerir revisão sem tecer comentários que acabam influenciando aos árbitros tomarem decisões.”
Guilherme Ceretta

 

“Para mim o pênalti é claríssimo, há uma carga por trás suficiente para derrubar o Bidu. Por que o VAR não chamou? Se olhar o protocolo do VAR, não teria que chamar. O árbitro está próximo do lance, tem campo visual, então é puramente interpretativo. Porém, estamos vendo no campeonato inteiro que o VAR está chamando em lances interpretativos. Estão esse questionamento tem sentido a partir de lances semelhantes, de pura interpretação, que o VAR participa.”
Alfredo Loebeling

Reflexão sobre o VAR

A análise dos ex-árbitros levanta questionamentos sobre o papel do VAR, com Guilherme Ceretta destacando a discrepância entre lances semelhantes analisados pelo sistema. A controvérsia continua a repercutir, evidenciando a importância de uma revisão aprofundada nos protocolos do VAR.

Conversa do VAR divulgada

A CBF divulgou ainda no domingo a noite a áudio entre Rafael Traci do VAR e o árbitro da partida, Rodrigo José Pereira de Lima. Em campo, o árbitro entendeu que não houve falta. Após revisão das imagens, essa também foi a interpretação da equipe do VAR:

“Ele (João Pedro) encosta os braços no corpo dele (Matheus Bidu), tem até o contato com a perna do jogador, mas isso não faz derrubar, não é esse contato faz derrubar o jogador” – afirmou Rafael Traci, árbitro de vídeo da partida.

“Ele (João Pedro) encosta os braços no corpo dele (Matheus Bidu), tem até o contato com a perna do jogador, mas isso não faz derrubar, não é esse contato faz derrubar o jogador ” – afirmou Rafael Traci, árbitro de vídeo da partida.

 

 “Ele atrasa a passada para a queda” – declarou um dos assistentes do VAR, que não foi possível identificar pela voz.

Reações e Polêmica Extracampo

A não marcação do pênalti gerou revolta entre os corintianos, uma vez que a expulsão de Bruno Méndez poderia não ter ocorrido se a penalidade fosse assinalada. A polêmica não ficou restrita ao campo: o gerente de futebol do Corinthians, Alessandro Nunes, tentou invadir a sala do VAR no intervalo, sendo registrado em vídeo por jornalistas. O episódio resultou em confusão envolvendo seguranças e um repórter, que registrou Boletim de Ocorrência.

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