Em uma reviravolta financeira, o Corinthians está no centro de uma disputa judicial devido a uma dívida acumulada de R$ 62,5 milhões com três empresas vinculadas ao agente de jogadores, Carlos Leite. A ação legal foi iniciada após o agente e seus sócios entrarem com um processo para reaver o montante. Detalhes sobre os contratos, obtidos pelo ge, revelam acordos estabelecidos em novembro de 2023 entre o clube, o empresário e seus associados.
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Origem e Abrangência da Dívida
A dívida abrange compromissos estabelecidos desde 2014, relacionados a comissões referentes a contratações e renovações contratuais de jogadores representados por Carlos Leite e seus parceiros, bem como valores associados a direitos de imagem de atletas.
Tentativa de Acordo em 2023
Na gestão do ex-presidente Duilio Monteiro Alves, em novembro de 2023, o Corinthians buscou resolver as pendências financeiras, acordando o pagamento com Carlos Leite e seus sócios. O clube se comprometeu a liquidar a dívida através da cessão de créditos com a Brax Produções e Publicidade LTDA. Essa empresa adquiriu os direitos de exploração de placas de publicidade em jogos da equipe como mandante no Campeonato Brasileiro de 2025 a 2029.
Impasse com a Brax
Contudo, a Brax se recusou a assinar o contrato como anuente da cessão de crédito entre os empresários e o Corinthians. O novo presidente, Augusto Melo, teria estabelecido essa condição para finalizar o acordo com a empresa. Diante desse impasse, Carlos Leite afirma que buscou o clube para um entendimento, não obteve resposta e, consequentemente, optou por acionar a Justiça para executar a dívida.
Ações Judiciais e Montante Atualizado
Na última terça-feira, as três empresas vinculadas a Carlos Leite moveram ações de cobrança contra o Corinthians. Inicialmente, os processos totalizam R$ 16 milhões, representando as parcelas vencidas do acordo de 2023. A defesa dos empresários busca incluir as demais prestações à medida que vencerem.
Relação Atual com o Corinthians
Atualmente, Carlos Leite representa dois jogadores no elenco alvinegro: o goleiro Cássio e o lateral-direito Fagner. Ele também gerenciou as carreiras de Gil e Renato Augusto, que deixaram o clube no último ano. Além de intermediar transferências, Carlos Leite já emprestou dinheiro ao Corinthians em ocasiões passadas, destacando-se pela confiança estabelecida ao longo dos anos.
Histórico Financeiro e Contratos Anteriores
Carlos Leite, além de negociar atletas com o Corinthians, realizou empréstimos ao clube. Em 2008, adiantou R$ 600 mil para as contratações de Wellington Saci e Eduardo Ramos. Em 2017, firmou um contrato de mútuo de R$ 4,1 milhões, que, com juros, mais do que dobrou até 2021, atingindo R$ 8,31 milhões. Segundo o agente, a dívida foi quitada no ano passado, após alguns pagamentos realizados em 2022, reduzindo o saldo para R$ 2,7 milhões.
Esta batalha financeira lança luz sobre a complexa relação entre clubes e agentes no futebol brasileiro, ressaltando a importância da transparência nas negociações e o impacto de decisões administrativas no cenário econômico dos clubes.
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