Cruzeiro: Com Ronaldo Fenômeno, SAF teve aumento de ganhos
Pedro Lourenço é o novo dono do clube
A SAF do Cruzeiro passou por uma mudança de gestão, mas divulgou o balanço do último ano sob a administração de Ronaldo Fenômeno. Em 2023, após o retorno à elite do futebol brasileiro, o clube registrou um aumento de 53% na arrecadação e de 65% na folha salarial.
No ano passado, o gasto total com salários, direitos de imagem, encargos e benefícios foi de R$ 94,7 milhões, resultando em uma média mensal (considerando o 13º salário) de R$ 7,2 milhões. Em 2022, durante a disputa da Série B do Brasileiro, o gasto foi de R$ 57,4 milhões, com uma média mensal de R$ 4,4 milhões.
O aumento dos gastos no Cruzeiro
O aumento nos custos gerais do futebol já estava previsto pela gestão anterior do Cruzeiro, pois houve uma reformulação significativa no elenco, com o objetivo de elevar o nível técnico para competir na Série A.
Seguindo a mesma linha de ação, a SAF conseguiu aumentar também as receitas operacionais líquidas em relação a 2022, passando de R$ 146 milhões para R$ 224 milhões, o que representa um aumento de 53%. Esse crescimento foi impulsionado principalmente por premiações, patrocínios e vendas de jogadores.
As negociações do clube mineiro
Em relação às negociações no mercado de jogadores, o Cruzeiro apresentou um ganho de R$ 20 milhões. Nesse montante estão incluídas as negociações de Geovane Jesus (para o FC Dallas), Wallissom (para o Portimonense) e também a venda de mais uma parte dos direitos do atacante Thiago para o Ludogorets.
Além disso, no valor total também estão somados mais de R$ 2 milhões referentes ao mecanismo de solidariedade, pagos aos clubes formadores de atletas negociados.
Neste sentido, o Cruzeiro lucrou com as vendas de Thiago (do Ludogorets para o Brugge), do lateral-direito Arthur (do América para o Leverkusen) e do zagueiro Bruno Viana (do Braga para o Coritiba).
Vale destacar que Arthur jogou apenas nas categorias de base do Cruzeiro antes de se transferir para o América.
Premiações e direitos de transmissão
É impressionante também a diferença na arrecadação com premiações e direitos de transmissão, que passou de R$ 28 milhões para R$ 101 milhões. Esse aumento foi impulsionado pela participação na Série A, que garantiu ao clube R$ 91,6 milhões.
Além disso, em relação aos parceiros comerciais, o Cruzeiro registrou um aumento de 50% na arrecadação com patrocínio e publicidade, saltando de R$ 32 milhões para R$ 48 milhões.
A dívida acumulada
Sobre a dívida acumulada do Cruzeiro, no início do mês houve aprovação do balanço contábil da associação civil, que mostrou uma redução na dívida total, totalizando R$ 973 milhões.
Dessa maneira, a expectativa é de que esse montante continue diminuindo, especialmente considerando os valores que serão recebidos da SAF, conforme previsto na Lei que regulamenta os clubes-empresas no Brasil.