Crise política no Corinthians causa ‘pânico’ no clube

Mudanças na diretoria movimentam bastidores

A performance do Corinthians em campo melhorou, porém nos bastidores, o clube enfrenta turbulências. Na noite desta quinta-feira (23), o presidente Augusto Melo foi alvo de cobranças por parte de aliados políticos, porém conseguiu evitar uma possível debandada de sua diretoria.

Representantes do Movimento Corinthians Grande (MCG), uma ala política que apoia Augusto Melo, reuniram-se com o presidente no Parque São Jorge para expressar suas preocupações.

A crise no Corinthians

Durante a reunião, o diretor financeiro Rozallah Santoro e o diretor-adjunto de futebol Fernando Alba manifestaram abertamente a possibilidade de renunciar aos seus cargos, porém foram persuadidos a permanecer.

Por outro lado, o diretor-adjunto da base, Fabricio Vicentim, renunciou ao cargo, citando questões pessoais como motivo.

Apesar de permanecerem, muitos membros do MCG expressam grande insatisfação com a gestão de Augusto Melo.

Eles argumentam que o presidente não cumpriu as promessas feitas durante a campanha e não concedeu a autonomia esperada aos dirigentes afiliados ao grupo.

Sem capital político

Apesar de estar apenas no quinto mês de seu mandato, Augusto viu seu capital político diminuir rapidamente e testemunhou a saída de membros importantes de sua diretoria em áreas sensíveis.

Na quinta-feira pela manhã, o superintendente de marketing do Corinthians, Sérgio Moura, solicitou uma licença por tempo indeterminado do cargo, em meio às denúncias relacionadas ao pagamento de comissão pelo patrocínio máster da VaideBet.

É importante lembrar que, no início deste mês, o diretor de futebol Rubens Gomes, conhecido como Rubão, já havia deixado o clube.

Saída da gestão?

A discussão sobre a possibilidade de “sair” da gestão já estava em pauta entre os membros do MCG há algumas semanas e ganhou mais destaque após as recentes revelações ligadas ao contrato de patrocínio da VaideBet.

O grupo demandou a saída de Sérgio Moura e do diretor administrativo Marcelo Mariano, porém apenas o primeiro renunciou ao cargo, enquanto o segundo foi mantido por Augusto Melo.

A permanência do MCG na coalizão é uma vitória para o presidente nos bastidores, porém, a pressão sobre ele continua intensa.

Entenda a crise

O contrato de patrocínio principal tem gerado uma série de questionamentos tanto dentro quanto fora do Corinthians e está sendo alvo de investigação por parte do Conselho Deliberativo do clube.

Membros da oposição no Corinthians estão buscando esclarecimentos sobre o pagamento de R$ 25,2 milhões em comissões à empresa Rede Social Media Design.

A empresa é de propriedade de Alex Fernando André, também conhecido como Alex Cassundé, que participou da campanha de Augusto Melo à presidência do clube, a convite de Sérgio Moura.

No último domingo, o “Blog do Juca Kfouri” divulgou que a Rede Social Media Design transferiu parte do montante recebido como comissão para uma empresa “laranja” chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda.

Em comunicado oficial, o Corinthians reiterou que todas as negociações, incluindo acordos de patrocínio, foram conduzidas legalmente com empresas devidamente constituídas. O clube ressaltou que não assume responsabilidade por quaisquer repasses de valores a terceiros.

Conforme a matéria, Marcelinho, nome pelo qual o diretor administrativo é conhecido, solicitou o pagamento de uma parte da comissão para Alex Cassundé na ausência de Rozallah Santoro. O diretor financeiro confirmou que não deu autorização para o pagamento.

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