Corinthians PAGA R$ 12 MI a Caixa e quita parcela atrasada

O Corinthians, em meio às negociações com a Caixa para resolver a situação da Neo Química Arena, quitou uma parcela em atraso referente a 2023, no valor de R$ 12 milhões. Com esse pagamento, o clube já transferiu um total de R$ 100 milhões para a instituição apenas no ano passado.

No entanto, o montante principal da dívida, que ultrapassa os R$ 600 milhões, só começará a ser pago a partir de 2025, conforme o acordo atual em discussão. Os R$ 12 milhões desembolsados agora concluíram a parcela de R$ 25 milhões destinada ao pagamento dos juros com o banco. A próxima parcela, também no valor de R$ 25 milhões, vencerá em março.

Amortização de 80 milhões em 2024

Corinthians- Neo Química Arena
Foto: Marcos Ribolli

Para o ano corrente, o compromisso do Corinthians com a Caixa inclui o pagamento de quatro parcelas trimestrais, cujos valores variam de acordo com a taxa de juros em vigor no país. Estima-se que o clube terá que desembolsar aproximadamente R$ 80 milhões para a amortização desses juros.

Recentemente, uma reunião entre os departamentos jurídico e financeiro do Corinthians e membros da diretoria da Caixa ocorreu na última segunda-feira, com o objetivo de discutir uma proposta para o pagamento da dívida, que atualmente está em torno dos R$ 700 milhões.

Corinthians e Neo Química Arena

Diante desse alinhamento estratégico, o Corinthians vislumbra resolver essa questão a médio prazo. Na elaboração da nova proposta, não está prevista a utilização dos naming rights da Neo Química Arena para auxiliar no pagamento da dívida. A diretoria estabeleceu a meta de quitar todo o débito da arena nos próximos três anos. Para isso, o clube busca novas fontes de recursos, como a venda de propriedades do Centro de Treinamento e os naming rights dos espaços de trabalho tanto dos atletas profissionais quanto da equipe sub-20.

No início deste mês, a Caixa rejeitou uma proposta apresentada pelo crédito cedido pela estatal para o pagamento das obras realizadas ainda na gestão de Duilio Monteiro Alves. O intuito do clube era liquidar um débito de pouco mais de R$ 531 milhões, oferecendo R$ 356 milhões provenientes do acordo com a Hypera Pharma pelo naming rights.

Plano B

Após a negativa, o presidente Augusto Melo e o diretor financeiro Rozallah Santoro dirigiram-se a Brasília para uma reunião de aproximação com a direção da Caixa. O restante, cerca de R$ 175 milhões, seria composto pela aquisição, com 90% de desconto, de dívidas que o banco teria que pagar a terceiros no longo prazo. A base da proposta está nestes títulos, conhecidos como precatórios.

A Neo Química Arena, inaugurada em 2014, alcançará uma década ao longo de 2024 e provavelmente passará por alterações significativas. O presidente Augusto Melo comprometeu-se com a ampliação do estádio para 54 mil pessoas e o aumento de lugares com ingressos populares, além da exploração do local para eventos não relacionados ao futebol.

Recentemente, o banco comunicou que aborda qualquer assunto relacionado ao tema com confidencialidade, em consonância com a Lei 105 de 2021, que “dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras e dá outras providências”.

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