Após BRIGA, STJD pune Coritiba e Cruzeiro; Torcedores discutiram na Vila Capanema

A Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) determinou uma penalidade de quatro jogos de portões fechados ao Coritiba e ao Cruzeiro. A decisão foi tomada devido aos incidentes ocorridos durante a partida realizada na Vila Capanema, na capital paranaense, válida pelo Campeonato Brasileiro.

Os jogos nos quais os clubes atuaram sem a presença de torcida, tanto em casa quanto como visitantes, nas últimas rodadas da competição, serão abatidos da pena estabelecida. É importante destacar que tanto o Coritiba quanto o Cruzeiro têm o direito de recorrer da decisão, assim como a Procuradoria do STJD pode questionar a punição caso a considere demasiadamente branda.

Jogos cumpridos

Segundo a interpretação do Tribunal, o Cruzeiro já teria cumprido os quatro jogos de punição, considerando que atuou com portões fechados contra o Vasco e não contou com torcida nas partidas como visitante contra Fortaleza, Goiás e Botafogo. Quanto ao Coritiba, a última partida de cumprimento da penalidade será diante do Corinthians, marcada para esta quarta-feira (6).

Os clubes disputam os jogos sem torcida devido a uma Medida Inominada, com caráter liminar, deferida pelo STJD. Este caso estará em pauta no Tribunal Pleno na próxima quinta-feira (7). Entretanto, como o assunto já foi julgado em primeira instância, torna-se desnecessário o julgamento do objeto da Medida Inominada.

Antes do julgamento, o STJD havia concedido autorização para o clube ter torcida contra o Palmeiras, independentemente da pena que seria imposta. No entanto, o Coritiba continuará cumprindo a punição no jogo contra o Corinthians, marcado para quarta-feira, encerrando a participação no Brasileirão.

Multa

Ambos os clubes também foram multados devido à desordem e invasão por parte das torcidas. O Coritiba receberá uma multa de R$ 40 mil, enquanto o Cruzeiro terá que pagar R$ 50 mil. A justificativa para a multa mais elevada ao time mineiro está relacionada ao fato de os torcedores mineiros terem invadido o gramado primeiro.

O relator do julgamento, Ramon Rocha Santos, propôs a pena de quatro jogos para cada um dos clubes. Ele reconheceu que os acontecimentos foram mais graves em comparação com situações que resultaram em punições idênticas a Santos e Vasco.

No entanto, Rocha Santos considerou que Coritiba e Cruzeiro foram mais eficientes nas medidas adotadas após o incidente, incluindo a identificação de alguns invasores.

“A gravidade é maior, analisando as imagens, em comparação com os precedentes. Por outro lado, as medidas foram mais eficazes, pelo que consta nos autos. Meu voto é pela aplicação de quatro partidas de suspensão para cada um dos clubes”, disse Ramon.

Além da penalidade anteriormente mencionada, o Cruzeiro também foi multado em R$ 1,4 mil por atraso ao entrar em campo no primeiro tempo e na volta do intervalo. Por sua vez, o Coritiba recebeu uma multa de R$ 4 mil devido ao arremesso de objetos no gramado.

Briga entre torcedores

Os times foram punidos preventivamente em decorrência dos incidentes ocorridos. Ao final da partida entre Coritiba e Cruzeiro, membros de torcidas organizadas de ambos os times invadiram o campo de jogo, especialmente após o gol da equipe mandante.

Esses grupos protagonizaram uma verdadeira batalha campal, resultando na interrupção da partida. O jogo foi retomado quase 40 minutos depois com a intervenção da Polícia Militar.

A briga teve início após Robson marcar o gol para o Coritiba aos 45 minutos do segundo tempo. Imediatamente após o gol, a torcida do Cruzeiro deixou a área destinada aos visitantes e invadiu o campo em direção ao setor do time paranaense. Os torcedores do Coxa também adentraram o campo, resultando em cenas de confronto e tumulto generalizado.