Santos Considera Negociar Patrick Após Menos de Dois Meses: Alto Custo e Forma Física Pesam na Decisão
Patrick, uma das principais contratações do Santos para a Série B do Campeonato Brasileiro, pode ter sua passagem pelo clube abreviada devido ao desempenho abaixo do esperado. O presidente do Peixe, Marcelo Teixeira, deixou claro que o tempo de reação do meia-atacante é curto.
Poucas partidas e decisão de negociar
Com apenas nove partidas disputadas nesta temporada e pouco mais de 300 minutos em campo, Patrick tem até a abertura da janela de transferências, em 10 de julho, para demonstrar seu valor. Caso contrário, ele será incluído na lista de jogadores negociáveis pelo clube.
A rápida inclusão de Patrick na lista de possíveis negociações se deve a alguns fatores críticos. Um dos principais é o alto custo associado ao jogador. Ao contrário de outras contratações realizadas com foco na contenção de gastos, Patrick chegou ao Santos em um contexto financeiro diferente. O clube precisou desembolsar uma quantia significativa por sua aquisição e seus salários não são baixos.
Situação com o Atlético-MG
Inicialmente emprestado pelo Atlético-MG até o final do ano, Patrick tem contrato com o Santos até o final de 2026. O clube pagará 12 parcelas de R$ 430 mil pelos 80% dos direitos econômicos adquiridos do Atlético-MG, de janeiro a dezembro de 2025.
Diante dos problemas no fluxo de caixa, a necessidade de resultados imediatos e a realidade de disputar a segunda divisão, o Santos vê o “pacote Patrick” como um problema caso o jogador não consiga render conforme o esperado em campo.
Questão Física de Patrick no Santos
Patrick, meia-atacante contratado pelo Santos em abril, ainda não conseguiu atingir a forma física ideal esperada pelo clube. Abaixo do condicionamento físico dos demais jogadores do elenco, Patrick tem sentido dificuldades em manter o ritmo durante as partidas e, segundo a comissão técnica, não está apto para atuar os 90 minutos completos.
Contratado como uma aposta para a temporada, Patrick não tem inspirado confiança para uma sequência no time titular e atualmente não disputa uma vaga entre os onze iniciais. O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, comentou a situação em entrevista à Bandeirantes:
“A confiança do Gallo e do Carille na contratação do jogador era para que ele pudesse render. Vamos confiar para que isso aconteça. Se não acontecer, as medidas serão adotadas e tomadas até julho deste ano, quando poderemos dar oportunidades a esses atletas em outros clubes, ou medidas mais diretas sejam adotadas de forma profissional junto aos contratos desses jogadores”.
O problema não se restringe apenas à condição física. Patrick ainda não encontrou uma posição de encaixe perfeito no sistema tático implementado por Fábio Carille. Diferente de Guilherme, um dos principais jogadores do elenco, que atua como ponta esquerda com velocidade, profundidade e boa recomposição, Patrick não se adaptou às necessidades do esquema.
O coordenador de futebol, Alexandre Gallo, também falou sobre a situação do atleta:
“Nós contratamos ele pensando na Série A. Ele reduziu 30% do salário para vir jogar no Santos. Pelo que jogou no São Paulo e no Atlético-MG, esperávamos um rendimento maior. O Guilherme tem mais a cara do Santos. O Patrick é outro tipo de atleta. A gente espera que ele possa performar. Pelos últimos jogos que vimos ele fazer no Atlético-MG, acreditávamos que ele iria render. A gente espera que ele possa melhorar”.
Com a abertura da janela de transferências em julho, o Santos avaliará a situação de Patrick e decidirá se o jogador permanecerá no elenco ou se buscará oportunidades em outro clube. A questão física e tática serão determinantes para essa decisão.