Ex-Palmeiras, Renan faz acordo após atropelamento em Bragança Paulista
Jogador está no futebol árabe, onde defende o Shabab Al-Ahli Dubai
O jogador de futebol Renan, investigado por um acidente de trânsito fatal em Bragança Paulista em 2022, chegou a um acordo com o Ministério Público de São Paulo.
Conforme o acordo, o ex-Palmeiras e Bragantino concordou em pagar R$ 1,7 milhão para a doação de leitos de hemodiálise à Santa Casa da cidade.
O acordo de Renan
Vale destacar que Renan atualmente defende as cores do Shabab Al-Ahli Dubai, clube dos Emirados Árabes Unidos.
Com o acordo firmado entre o zagueiro e o Ministério Público, a ação relacionada ao atropelamento será encerrada. Esse tipo de medida no judiciário é conhecido como “acordo de não persecução penal”, no qual um investigado concorda em cumprir determinadas condições para evitar ser formalmente acusado e punido.
No trágico incidente ocorrido em 22 de julho de 2022, o então jogador do Bragantino atropelou e tirou a vida de Eliezer Pena, um motociclista de 38 anos que deixou esposa e duas filhas.
Renan, sem possuir uma carteira de motorista definitiva, admitiu ter consumido álcool horas antes do acidente fatal e chegou a passar um dia detido.
Na ocasião, com apenas 20 anos, ele foi libertado pela Justiça mediante o pagamento de uma fiança no valor de R$ 242 mil, montante que foi destinado à família da vítima. Além disso, o jogador também firmou outro acordo para compensar a família da vítima através de indenização.
O acordo
O acordo entre o jogador de futebol Renan Victor da Silva e o Ministério Público foi oficializado pela promotoria na última terça-feira (21). Conforme o acordo, o investigado se comprometeu a doar R$ 1.757.144, montante que será utilizado para adquirir 20 leitos de hemodiálise destinados ao atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Santa Casa de Misericórdia de Bragança Paulista.
No documento obtido pelo ‘ge’, o promotor responsável pelo caso, Rogério José Filócomo Júnior, destaca que a cidade tem enfrentado dificuldades para suprir a demanda de pacientes necessitados de hemodiálise.
Ele enfatiza que a aquisição desses 20 leitos melhorará significativamente o serviço, possibilitando o atendimento de até 120 a 200 pacientes adicionais por mês.
Conforme o acordo, o valor deve ser pago diretamente pelo zagueiro à Santa Casa dentro de um prazo de 10 dias. O ge apurou que o pagamento ainda não ocorreu, mas o prazo se encerra apenas no fim desta semana.
Os motivos pelo acordo
Na celebração do acordo, o Ministério Público ressalta que Renan é réu primário e menciona que ele confessou formalmente o crime.
Além disso, destaca que Renan destinou o valor da fiança à família do falecido e concordou em fazer um acordo para pagar indenização às filhas da vítima.
Além disso, os advogados da família de Eliezer Pena concordaram com o acordo de não persecução penal, conforme afirmado pelo Ministério Público.
O ge entrou em contato com o advogado de defesa do zagueiro Renan, porém, até o momento da última atualização da reportagem, não obteve resposta.