Scarpa se pronuncia sobre caso envolvendo Willian Bigode e criptomoedas
Jogador não ficou satisfeito com decisão da PF
O jogador do Atlético-MG, Gustavo Scarpa, usou as suas redes sociais para se manifestar sobre o processo envolvendo as criptomoedas e seu ex-colega, Willian Bigode. A fala do meio-campista foi divulgada ainda nesta quarta-feira (22).
Assim sendo, poucas horas antes da partida contra o Sport, o jogador do Galo ironizou o fato de a Polícia Federal ter concluído que as pedras de alexandrita apresentadas pela empresa Xland não têm valor para garantia no processo.
“Para a surpresa de 3 pessoas. Os responsáveis por tudo isso *hão* de me pagar. Vou até o final”, escreveu o jogador, repostando a notícias sobre a atitude da PF, em certo tom de ironia.
A decisão da Justiça
O documento assinado pelo juiz federal Wendelson Pereira Pessoa, da 1ª Vara Cível e Criminal da Justiça Federal do Acre, detalha as conclusões da Polícia Federal em suas análises.
Dessa maneira, de acordo com o documento, a Polícia estima que “o valor total das pedras de alexandrita é manifestamente insuficiente para garantir o eventual cumprimento de sentença.”
O malote contendo as pedras está retido em uma caixa de segurança em São Paulo. Essas pedras eram as garantias apresentadas pela empresa aos jogadores, por intermédio do atacante Willian Bigode, do Santos.
Vale destacar que essa prisão se trata de cerca de 20kg de uma das pedras preciosas mais caras avaliadas hoje em dia.
O laudo apresentado
A empresa apresentou um laudo alegando que o mineral valia algo em torno de R$ 2,5 bilhões. No entanto, logo depois, foi revelado que eles gastaram apenas R$ 6 mil para adquiri-lo. Esse valor já era considerado irreal por especialistas.
Com isso, Gustavo Scarpa e Mayke, jogadores do Palmeiras na época, foram vítimas desse golpe, depois de terem investido por indicação de Willian Bigode.
Agora, enquanto tentam recuperar o valor perdido, os dois jogadores entraram com uma ação na Justiça solicitando o bloqueio de 30% dos salários do atacante.
Por sua vez, Willian Bigode continua sendo réu no processo. Assim sendo, além da empresa do atacante, a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, sua esposa e sócia Loisy Coelho, e a outra sócia Camila Moreira de Biasi Fava também foram citadas como rés.
Entenda o que aconteceu
Gustavo Scarpa foi apresentado para a Xland através de Willian. Dessa maneira, logo depois, Carlos Henrique de Oliveira Pereira, advogado do meia, acredita que os áudios divulgados confirmam a relação de cliente entre o jogador e a empresa de Bigode.
Por este motivo, ele argumenta que o atacante do Furacão, assim como os sócios da WLJC, devem ser réus no caso.
A defesa de Willian, que é representada pelo advogado Bruno Santana, já discordava dessa interpretação. De acordo com os representantes do jogador, foi argumentado que essa relação não se caracteriza, pois Scarpa não chegou a efetuar pagamentos para a WLJC.
Vale destacar que, ainda no ano passado, Scarpa e Mayke registraram um Boletim de Ocorrência em novembro de 2022. Assim sendo, eles dois perderam mais de R$ 10 milhões. Por sua vez, Willian Bigode também alega ter sofrido um prejuízo de R$ 17,5 milhões.