Daniel Alves: Defesa de jovem pede 12 ANOS de PRISÃO para jogador
Jogador já teve a liberdade negada em quatro oportunidades
A equipe jurídica da vítima que denunciou Daniel Alves por agressão sexual solicitou à Justiça espanhola uma sentença de 12 anos de prisão para o ex-jogador do Barcelona e da seleção brasileira. Essa é a pena máxima estabelecida para esse delito no país.
O jogador brasileiro, com 40 anos de idade, está detido desde 20 de janeiro deste ano. Ainda não há uma data para o julgamento de Daniel Alves, mas a previsão é que aconteça no final deste ano ou no início de 2024.
Sem acordos
Na semana passada, a advogada da vítima, Ester García, rejeitou a proposta de acordo apresentada pela defesa de Daniel Alves. A profissional ainda reafirmou que “qualquer crime contra a liberdade sexual resulta em danos morais e sequelas irreparáveis”.
A representação legal da vítima também solicitou uma medida protetiva que proíba Daniel Alves de se aproximar da mulher a menos de um quilômetro, pelos próximos 10 anos após o cumprimento da pena pelo jogador. O documento apresentado à Justiça inclui ainda o pedido para que a liberdade do brasileiro seja monitorada após sua liberação da prisão.
Após a conclusão das investigações, as partes envolvidas no caso foram convocadas para uma fase conhecida como “julgamento oral”, que antecede o julgamento propriamente dito. O Ministério Público solicitou uma pena de nove anos de prisão para Daniel Alves.
A defesa do jogador pleiteou sua liberdade, um pedido que foi negado pela quarta vez desde sua detenção. Na terça-feira (5), foi a vez da representação legal da vítima apresentar seus argumentos, solicitando uma pena de 12 anos.
Diante da ausência de um consenso, é provável que a Justiça espanhola agende o julgamento em breve. Nos casos de crimes sexuais, não está prevista a realização de júri popular no país.
Caso Daniel Alves
Nos primeiros dias após a detenção do jogador, os principais jornais espanhóis, como El País e El Mundo de Madri, e El Periódico de Barcelona, divulgaram fragmentos do depoimento prestado à Justiça pela mulher que acusa Daniel Alves de estupro. O jogador permanece em prisão preventiva, sem direito a fiança, e nega veementemente ter cometido o crime do qual é acusado.
Conforme os relatos divulgados pela imprensa espanhola, a vítima relatou em seu depoimento que, em 30 de dezembro de 2022, encontrava-se na boate Sutton, em Barcelona, quando o grupo ao qual pertencia recebeu um convite para ingressar em uma área VIP.
Um garçom as conduziu até uma mesa onde se encontrava Daniel Alves, a quem a vítima não reconheceu inicialmente. A moça foi apresentada ao jogador por um grupo de mexicanos, amigos do atleta.
Segundo o relato da vítima, ao tentar sair do banheiro, foi impedida por Daniel Alves, que a teria agredido sexualmente de forma violenta até ejacular. O jogador teria sido o primeiro a deixar o banheiro, e ao sair, ela compartilhou o incidente com uma amiga.
Ao ser informada, a equipe de segurança do local constatou que o lateral já havia deixado a boate. A vítima, de imediato, buscou atendimento médico para realizar exames.
Dois dias após o ocorrido, formalizou a denúncia às autoridades policiais. Os testes realizados pela moça identificaram a presença do DNA de Daniel Alves. Desde o início, a juíza do caso reitera que existem “provas suficientes” para a condenação do jogador.