Palmeiras: Após derrota em clássico, Abel Ferreira revela saída de jogadores por ameaças

O técnico revelou que atletas tiveram suas famílias ameaçadas

No último domingo (8), o Palmeiras perdeu para o Santos, por 2 a 1. Jogando em casa, o time de Abel Ferreira saiu à frente do placar, mas levou a virada no clássico. O jogo foi válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Em entrevista coletiva após o duelo, o técnico Abel Ferreira abriu o jogo sobre a atual situação do Palmeiras e revelou que jogadores deixaram o time após receberem ameaças contra suas famílias. O técnico também revelou o planejamento da próxima temporada.

Saídas da equipe

O técnico português destacou a saída de alguns jogadores polêmicos, como o meia Bruno Tabata, assim como os meias Gustavo Veron e Rafael Navarro. Abel Ferreira revelou que alguns dos nomes citados não aguentaram a pressão, principalmente após receberem ameaças por parte da torcida.

“Se vocês prestarem atenção de quando chegamos, como era o plantel e como é, se você olhar quantos saíram: Jorge, Danilo, Scarpa, Veron, Merentiel, Tabata, Navarro… Alguns saíram por não aguentar a pressão de jogar aqui e pediram para sair, porque estavam tendo a família ameaçada”, começou o treinador.

Abel ainda contou que chegou a ser procurado por alguns dos jogadores em questão. “Falaram comigo, e eu entendo isso. Quando o jogador fala que não quer jogar mais no clube, eu entendo. Pediram para sair e saíram”, revelou o técnico.

Falta de contratações

Uma das maiores reclamações de Abel Ferreira desde a metade da temporada é em relação à falta de reposição para os jogadores vendidos. O Palmeiras perdeu peças importantes, como Gustavo Scarpa Daniel, mas o time contratou apenas dois jogadores: Richard Ríos e Artur.

O técnico destacou que a falta de contratações seria por conta de dívidas que o Palmeiras tem que pagar. “O clube foi claro, há dividas que precisam ser pagas, não é por gastar mais. Há exemplos de clubes que se reforçaram e não ganharam. Honestamente, hoje estamos sendo vítimas de tudo que fizemos e da expectativa que criaram”, disse o técnico.

Idolatria

Abel Ferreira também destacou a paixão dos brasileiros pelo futebol e destacou que não gosta dessas atitudes. “E agora temos que aguentar a pressão. Não gosto da idolatria, porque quando ganhamos somos Deuses, e quando perdemos somos lixo. Não gosto desse oito ou oitenta”, começou o técnico português.

“O futebol é muita emoção, mas quando o jogador pede para não ficar é difícil. Agora é aguentar as criticas e no final da temporada fazer os ajustes que temos que fazer”, completou o treinador.

Planejamento

Por fim, Abel Ferreira contou que está de olho na próxima temporada da equipe. De acordo com ele, o Palmeiras precisa ser mais agressivo no mercado da bola, além de trabalhar para manter os principais jogadores do plantel, que forama alvos do mercado na última janela.

“Existe planejamento desde que eu cheguei. A temporada é sempre preparada durante o ano anterior. Sempre passo minha necessidades para eles (dirigentes) e sei que tenho necessidades, mas o clube também tem sua necessidades, ninguém garante nada. Não posso mentir, quando olhamos para todos que saíram perdemos maturidade, peso”, disse ele.

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